Vigor investe R$ 150 milhões na 1ª fábrica no Estado do Rio

Até o fim de 2015 – ano que o país deve fechar na maior recessão desde os anos 1990 -, a Vigor vai inaugurar sua primeira fábrica no Estado do Rio. Com um investimento de R$ 150 milhões, a unidade vai empregar 350 funcionários quando estiver operando a pleno vapor, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense.

A empresa de laticínios, que tem como acionista majoritário a J&F Investimento, dona da JBS, começou a planejar a entrada no Rio há cerca de três anos, quando montou um centro de distribuição. Recebeu benefício fiscal dado pelo governo do estado – o ICMS foi reduzido de 19% para 7% – com o compromisso de construir uma fábrica num prazo de cinco anos.

Segundo o presidente da Vigor, Gilberto Xandô, o setor de atuação da empresa é resistente a crises.

– O segmento lácteo é muito resiliente. Ele é muito menos afetado nas suas linhas pela crise. Diminui o consumo de iogurte super top, diminui, mas não acaba. E temos espaço para crescer pela nossa baixa distribuição. Estamos crescendo a dois dígitos há sete trimestres seguidos, ganhando mercado de concorrentes. Independentemente da crise, continuamos acreditando no Brasil – afirma o executivo.

Já a indústria alimentícia como um todo não está tendo desempenho positivo. De acordo com dados do IBGE, a produção do segmento encolheu 6,2% na passagem de junho para julho e foi a principal contribuição para queda de 1,5% da produção industrial. Nos sete primeiros meses deste ano, a atividade da indústria alimentícia acumula perda de 3,8%.

Segundo Xandô, o Rio recebeu muito bem o iogurte grego. A venda no estado multiplicou por seis em pouco tempo, diz ele:

– Temos 42% do mercado no Brasil e 60% no Rio do produto, de acordo com a Nielsen. É a primeira fábrica de iogurte da Vigor fora de São Paulo.

A fábrica em Barra do Piraí era da BRF, que desistiu do negócio de lácteos, segundo Xandô. O governo do Rio começou a procurar empresas para assumirem o parque fabril e encontrou a Vigor.

Quando for inaugurada a fábrica no Rio, serão 11 unidades da Vigor no Brasil. As demais ficam em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás.

– Ela vai atender aos mercados do Rio e Espírito Santo. A Vigor tem quase cem anos e achamos que tínhamos pouca presença nacional – diz ele.

Com o lançamento do Vigor grego, a marca começou a ganhar mercado entre as classes A e B:

– Estamos muito mais hoje no segmento da classe A e B do que disputando o mercado das classes C e D. Estamos mais para Danone e Nestlé, como concorrente a ser batido, do que das marcas Elegê e Batavo. Isso nos coloca numa disputa de outro nível, outro nível de precificação, de mercado.

Leia a matéria na íntegra em www.oglobo.com

(Cássia Almeida | O Globo)

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