Volume de fusões e aquisições no 3o tri é o mais baixo desde 2008

SÃO PAULO – O volume financeiro de operações de fusões e aquisições no terceiro trimestre foi o mais baixo desde 2008, ano do estouro da crise com a quebra do Lehman Brothers. As informações são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
 
De acordo com dados da entidade, o volume no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 23,3 bilhões. Os bancos que intermediaram o maior volume de negócios no período foram Itaú BBA/Itaú, seguido por BTG Pactual e Bradesco BBI.
 
No acumulado do ano até setembro, o volume de operações somou R$ 100,8 bilhões, o que representa uma queda de 33,1% em relação ao observado no mesmo período de 2010. Apesar de o volume ter sido mais baixo nessa comparação, o número de operações não ficou muito diferente agora do que tinha sido no ano passado, o que mostra um valor médio mais baixo por transação.
 
Até o fim de setembro, foram 102 anúncios de operações de fusão e aquisição, sendo que em 2010 elas totalizaram 104 operacões.
 
Sozinhas, as dez maiores operações do ano até agora somaram valor de R$ 60,4 bilhões, com destaque no terceiro trimestre para a aquisição da Aleadri (detentora de 50,45% da Schincariol) pela Kirin, por valor de R$ 4,7 bilhões, e a compra de participação na Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração por um consórcio de empresas chinesas por R$ 3,1 bilhões.
 
Ao analisar as operações a partir de aspectos geográficos dos envolvidos, 42,3% foram de aquisições entre empresas brasileiras; 12,8% de empresas estrangeiras compradas por brasileiras e 31,2% de aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras. O restante, de 13,7%, é composto por aquisições entre empresas estrangeiras.
 
(Filipe Pacheco | Valor)

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