Sete Brasil assume contratação de sondas de perfuração para Petrobras

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) venceu a licitação para construção no Brasil de sete sondas de perfuração para operação em águas profundas e ultraprofundas.

O valor do lote de sete unidades será de US$ 4,637 bilhões, uma redução de US$ 13 milhões frente ao preço inicialmente oferecido. O valor unitário de cada sonda será de US$ 662,428 milhões e a previsão é de que a primeira unidade entre em operação até 2015.

A estatal também anunciou o cancelamento da licitação para contratação de até duas sondas de perfuração, pois considerou que os preços apresentados não eram adequados. Já o terceiro processo licitatório, destinado à contratação do afretamento de lotes de até quatro sondas de perfuração, ainda está em análise e a expectativa de conclusão é de até 30 dias.

O lote destinado ao EAS faz parte dos processos de licitação destinados à contratação de até 28 sondas de perfuração marítima para atendimento do programa de perfuração de longo prazo da companhia, prioritariamente para utilização nos poços do pré-sal.

O contrato de afretamento será realizado com a Sete Brasil S.A, que assumirá o contrato de construção com o EAS. A Sete é uma empresa constituída pelo Fundo de Investimentos em Participações – FIP Sondas, gerido pela Caixa Econômica Federal, que detém 90% da empresa e terá investidores de mercado como cotistas, incluindo fundos de pensão e bancos de investimentos brasileiros. A Petrobras vai deter 10% das ações da nova empresa.

Em nota, a Petrobras informou que a Sete Brasil admitirá, como parceiras e co-proprietárias dos navios-sonda, empresas com experiência operacional para efetuar a operação das sondas na prestação dos serviços contratados pela Petrobras. A taxa diária de afretamento correspondente ao equipamento já foi definida e quando adicionada à taxa média vigente para operação do mesmo totaliza um custo entre US$ 430 mil e US$ 475 mil por dia.

A Sete Brasil vai financiar a construção com capital próprio, provido pelos sócios e com recursos de financiamento de longo prazo concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai financiar a parcela correspondente ao conteúdo brasileiro de bens e serviços, além de recursos provenientes das agências de fomento à exportação dos países que fornecerão o conteúdo a ser importado e dos bancos comerciais.

Os financiadores terão em seu benefício uma garantia de performance contratada pelo estaleiro EAS e uma garantia de crédito contratada pela Sete, ambas fornecidas pelo Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), que teve sua capacidade especialmente ampliada para fazer frente a este tipo de garantia.

(Rafael Rosas | Valor)

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