Time for Fun quer captar até R$ 623 milhões com oferta

A empresa de entretenimento Time for Fun (T4F) iniciou sua oferta pública inicial de ações e poderá captar até R$ 623,5 milhões, considerando o topo de preço sugerido e a colocação de lote suplementar.

A maior parte da distribuição é secundária – os atuais acionistas Fernando Luiz Alterio, a mexicana CIE Internacional e o Gávea, de Armínio Fraga, ex-Banco Central, venderão parte de suas ações.

Ingressarão no caixa da empresa cerca de R$ 216 milhões – a minuta do prospecto preliminar não informa qual a destinação dos recursos.

A faixa de preço sugerida para a operação é entre R$ 14,50 e R$ 18,50. Serão vendidas 11,7 milhões de ações na oferta primária e 17,6 milhões na secundária. O lote suplementar poderá envolver até 4,4 milhões de papéis.

As reservas começam em 31 de março e terminam em 6 de abril. A definição de preço está marcada para 7 de abril e os papéis chegam ao Novo Mercado da BM&FBovespa em 11 de abril.

A companhia foi a responsável pela vinda ao Brasil de artistas internacionais como U2, Paul McCartney, Madonna e Bon Jovi. Também promove artistas brasileiros, como Roberto Carlos, Caetano Veloso e Maria Bethania.

Além de shows, organizou apresentações de grupos, como Blue Man Group, Stomp e Cirque du Soleil; eventos esportivos, como a Stock Car; exposições, como Corpos e Leonardo da Vinci; e faz produções de musicais da Broadway, adaptadas para o português e o espanhol.

O empresário Fernando Luiz Alterio é fundador do antigo Palace, em 1983, em São Paulo. A CIE é controlada pela Corporación Interamericana de Entretenimiento, com ações na bolsa mexicana, e que atua em promoção de eventos e espetáculos.

O controle da empresa está nas mãos da CIE e de Alterio, com 53,4%. O fundo do Gávea, que tem fatia de 20%, assinou um acordo com os outros dois acionistas e, enquanto possuir pelo menos 5% das ações, tem poder de voto para aprovar as matérias que exijam quórum qualificado.

Além do Brasil, a T4F está presente no Chile, no Peru e na Argentina. Em termos de receita operacional líquida, o Brasil representou 65% e 66% do total em 2009 e 2010, respectivamente.

A empresa se define como líder no mercado de entretenimento ao vivo na América do Sul e a terceira maior do mundo, em número de ingressos vendidos em 2010, conforme pesquisa da Billboard.

(Ana Paula Ragazzi | Valor)

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