Vale inicia sua primeira operação de níquel no Brasil

São Paulo – A Vale iniciou neste mês sua primeira operação de produção de níquel no Brasil. A empresa inaugurou a unidade de produção de ferro-níquel de Onça Puma, em Ourilândia do Norte (Pará).  O empreendimento tem capacidade de produção anual de 220 mil toneladas de ferro-níquel, que contêm 53 mil toneladas de níquel.

Cerca de 95% da produção de Onça Puma será destinada ao mercado externo – com foco para a China, Japão, Alemanha, Finlândia, Itália e Estados Unidos, entre outros. O investimento total estimado em Onça Puma é de aproximadamente 2,84 bilhões de dólares.

O primeiro embarque de 1.078 toneladas de ferro-níquel com 385 toneladas de níquel contido ocorreu no último dia 11 de maio pelo Porto do Itaqui, em São Luís (MA). O produto foi transportado em 52 contêineres pela Estrada de Ferro Carajás (EFC). Os destinos finais serão Ásia e Europa.

O Projeto Onça Puma foi adquirido pela Vale em novembro de 2005. O objetivo da aquisição era aproveitar depósitos de níquel laterítico – um tipo de minério encontrado mais próximo à superfície em regiões quentes e úmidas. A unidade de produção de níquel vai utilizar o minério oriundo de duas áreas nas Serras do Onça, que fica perto da planta industrial, e do Puma, a cerca de 16 quilômetros.

O empreendimento inclui uma subestação de energia para atender à unidade operacional. O excedente de produção de energia será cedido à concessionária de energia do estado do Pará. Durante a fase de implantação do projeto, foram gerados oito mil postos de trabalho. Para a operação, mais 1.500 empregos foram criados.

Porto de Itaqui

A Vale está adaptando parte de seus vagões na Estrada de Ferro Carajás (EFC) para atender à produção de Onça Puma. Cerca de 50 vagões da EFC foram adaptados para carregar até três contêineres cada um. O níquel será transportado de trem de Parauapebas (PA) até o Porto do Itaqui (MA), onde será embarcado em navios porta-contêineres.

A movimentação do Porto de Itaqui vai aumentar em mais de 10 mil contêineres por ano, segundo a Vale, por causa de um contrato firmado entre a Vale e a CMA CGM (armador de contêineres).

(Beatriz Olivon l Exame)

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