OGX quer ativos da americana Anadarko no Brasil
Petrolífera do empresário Eike Batista anunciou que as descobertas da empresa nos dois últimos anos garantem a maior parte da meta de produção de 730 mil barris por dia.
Às vésperas de iniciar a produção na acumulação de Waimea (BMC-41), na Bacia de Campos, a OGX, petrolífera do empresário Eike Batista, anunciou que as descobertas da empresa nos dois últimos anos, no Brasil, já asseguram a maior parte da meta de produção projetada para 2015, de 730 mil barris por dia.
Diretor-geral da empresa, Paulo Mendonça admitiu ainda que analisa a possibilidade de adquirir áreas colocadas à venda, no Brasil, pela americana Anadarko.
As áreas, revelou o executivo, foram oferecidas nas últimas semanas por executivos da própria companhia estrangeira.
Mendonça lembrou que, além da produção de Waimea, que começa entre novembro e dezembro deste ano, a OGX realizou descobertas promissoras, nos últimos meses, como na acumulação de Natal, na Bacia de Santos.
Localizado no bloco BMS-29, o prospecto apresenta perspectiva de reservas de 5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.
A expectativa com o projeto é tamanha, de acordo com Mendonça, que técnicos da companhia já estudam opções de transporte para escoamento do gás na região.
Com relação a Waimea, cuja produção depende do início da operação da plataforma OSX-1, construída em Cingapura, o executivo revelou que a expectativa inicial é de extrair uma média de 20 mil barris por dia de petróleo nos primeiros cinco meses de operação.
A partir daí, deverá produzir uma média de 45 mil a 55 mil barris por dia. A unidade produtora de óleo da OSX, que chegou ao Rio de Janeiro na quarta-feira (5/10), deverá chegar em uma semana à área de Waimea.
Pelo cronograma da companhia, em 2012, com a chegada de uma segunda plataforma, a OSX-2, a OGX iniciará a fase 2 de Waimea.
O diretor da OGX revelou que, embora a produção só comece novembro e dezembro deste ano, a empresa já firmou dois contratos de venda do petróleo de Waimea.
O negócio, esclareceu Mendonça, foi fechado com uma empresa estrangeira, cujo nome será divulgado nas próximas horas – depois do fechamento do mercado, por volta das 19 horas -, por meio de um fato relevante.
(Ricardo Rego Monteiro l Brasil Econômico)