A Importância do Valor Justo na Avaliação de Ativos

O uso de critérios rígidos e modernos, alinhados com as boas práticas internacionais do mercado financeiro, se torna cada vez mais importante quando avaliamos ativos. Um desses fundamentos é o de valor justo, definido como o preço que seria recebido na venda de um ativo (ou pago pela transferência de um passivo) em uma transação ordenada entre participantes de mercado, na data de avaliação. Esse método requer grande diligência na sua aplicação, sendo detalhado no Brasil pelo CPC 46 – Mensuração de Valor Justo. No entanto, ainda existem muitas dúvidas sobre sua aplicação. Mesmo investidores experientes encontram problemas na aplicação do conceito.

Recentemente, houve um caso interessante com um hedge fund americano, em que o fundo precisava marcar suas debêntures a valor justo (em inglês, fair value). Ao invés de contratar uma empresa especializada para avaliar os títulos, o fundo decidiu usar as informações de preço dos ativos disponíveis em bases de dados financeiras e fazer a marcação internamente.

Os investidores do fundo acreditavam, portanto, que suas aplicações poderiam ser resgatadas por aquele valor. No entanto, quando alguns pediram o resgate, descobriram que só receberiam cerca de metade do valor originalmente marcado “a mercado”. O fato ocorreu pois os títulos tinham baixíssima liquidez, sendo os preços divulgados nos serviços especializados apenas demonstrativos, não refletindo adequadamente o valor que poderia ser obtido pelo ativo em transações. No final, o equívoco na aplicação do conceito acabou gerando prejuízos, como o processo judicial ao fundo por parte dos investidores no início de uma longa disputa na justiça sobre a aplicação do conceito de valor justo. A APSIS é especialista no conceito de valor justo e oferece assessoria em avaliações dos mais diversos tipos de ativos.

Caio Bacellar – Equipe de Projetos

+ posts

Share this post

Comments (2)

  • Mauricio Paulino

    Fui head de Valuation Control para América Latina do Citibank, sou especialista em avaliação de ativos financeiros. O investidor deve sempre procurar saber qual o tamanho do portfólio de instrumentos classificados como L3 segundo FAS 157 pois são sempre ativos de baixíssima liquidez e preços não observáveis. Neste caso o adequado é sempre efetuar reservas de “bid/offer” ou liquidity por conta da chuva incerteza.

    04/05/2018 at 18:24
  • Mauricio Paulino

    Fui head de Valuation Control para América Latina do Citibank, sou especialista em avaliação de ativos financeiros. O investidor deve sempre procurar saber qual o tamanho do portfólio de instrumentos classificados como L3 segundo FAS 157 pois são sempre ativos de baixíssima liquidez e preços não observáveis. Neste caso o adequado é sempre efetuar reservas de “bid/offer” ou liquidity por conta da chuva incerteza.

    04/05/2018 at 18:24

Comments are closed.