Aquisições são estratégia de brasileiras para ganhar força no exterior

São Paulo – Em caso de expansão, as empresas brasileiras enxergam as fusões ou aquisições como a melhor estratégia de negócios. "Esse resultado reforça, portanto, que, apesar das incertezas, as companhias nacionais estão sérias nos seus planos de internacionalização e não descartam futuras expansões", afirma a Fundação Dom Cabral no estudo Ranking das Transnacionais Brasileiras, sobre as companhias nacionais mais internacionalizadas

A boa fatia de mercado que as empresas brasileiras conseguiram manter durante a crise as colocou em uma excelente posição frente aos competidores globais para a compra de ativos no exterior. O fluxo de investimento brasileiro no exterior, por parte das empresas, sofreu uma forte redução em 2009, apresentando uma queda das operações de fusões e aquisições de acordo com o relatório divulgado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), ligado à Organização das Nações Unidas.

Compradores de peso

Entre as principais aquisições realizadas em 2009, está a dos ativos argentinos da empresa angloaustraliana Rio Tinto pela Vale. A compra representa mais um passo da mineradora brasileira rumo à diversificação de seu portfólio. Apesar da posição de liderança alcançada pela empresa na produção de minério de ferro, a Vale pretende atuar fortemente em outros setores, como o de fertilizantes, tanto no mercado doméstico quanto no internacional.

Outro exemplo citado pela Fundação Dom Cabral é a JBS-Friboi, a empresa mais internacionalizada entre as companhias brasileiras, segundo o estudo. Em setembro do ano passado, o frigorífico adquiriu a segunda maior produtora de frangos dos Estados Unidos, a Pilgrim’s Pride, por estimados 768 milhões de dólares.

Quando se fala em aquisições, há de se levar em conta as diferenças culturais entre os países. Essa é ainda uma grande preocupação das empresas, de acordo com o estudo da Fundação. Porém, as grandes companhias são as que estão mais dispostas a investir em mercados diferentes por terem boas reservas de capital, podendo financiar uma reestruturação para alinhar as formas de gestão da nova empresa criada pela aquisição.

(Marcio Orsolini | Portal Exame)

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