Bühler investe no setor alimentício

A multinacional Bühler, com matriz na suíça, deu início à produção de equipamentos para a indústria alimentícia em Joinville (SC). A companhia investiu R$ 10 milhões para transformar uma fábrica que antes era apenas de montagem de produtos com peças importadas em uma unidade para fabricação com peças também produzidas no país.
 
De acordo com o presidente da Bühler na América do Sul, Edi Boller, a empresa suíça deverá trabalhar, neste ano, com cerca de 60% de peças feitas no país. As demais ainda serão importadas, mas, no médio a longo prazo, a empresa pretende ampliar a fatia de peças produzidas no país para algo em torno de 80%.
 
Boller não relaciona a mudança da empresa para fabricação com peças nacionais às alterações na legislação dos portos, cujos incentivos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) facilitavam importação por Santa Catarina. O empresário diz que há uma aposta no país pelo aumento da produção agrícola, com a soja entrando cada vez mais na região Nordeste. Segundo ele, a produção nacional vai permitir atender os clientes com soluções individuais, definidas para as necessidades específicas do produtor brasileiro. A Bühler fabrica selecionadoras de grãos e outros equipamentos para processamento desse tipo de produto.
 
A fabricação com parte das peças nacionais em Joinville envolveu uma mudança de área física dentro da cidade. A Bühler, que antes operava em 5 mil metros quadrados, agora passa a produzir numa estrutura alugada de 14 mil metros quadrados.
 
Os planos de crescimento da companhia envolvem abrir, ainda neste ano, cinco pontos de prestação de serviços no país, com engenheiros para realizar a manutenção das máquinas da empresa. Depois de Rondonópolis (MT), onde já abriu uma filial desse tipo, a empresa tem planos de abrir uma outra no Nordeste, uma no Paraná, uma no Rio Grande do Sul, uma em Joinville e em São Paulo.
 
O Brasil representa cerca de 9% da receita da Bühler no mundo. Boller não informa o faturamento no país, mas na América do Sul a empresa teve uma receita de R$ 360 milhões no ano passado. O faturamento global atingiu R$ 4,3 bilhões em 2011.

(Vanessa Jurgenfeld | Valor)

 

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