Cinemark vai inaugurar 60 salas de cinema em 2012

Com estratégia centralizada na penetração das cidades secundárias, o Cinemark planeja inaugurar oito complexos em 2012, que somarão mais 60 salas à rede de cinemas.

Líder do setor de exibição cinematográfica na América Latina e presente em 30 cidades brasileiras, o Cinemark está focado em expandir sua área de atuação, caminhando para as cidades secundárias.

Atualmente, as 450 salas de cinema da rede estão espalhadas por todos os estados do Sul, Sudeste, Centro Oeste – com exceção do Mato Grosso -, algumas capitais do Nordeste e Manaus.

"Por uma questão estratégica estamos expandido a área de atuação, indo para as segundas e terceiras maiores cidades de cada estado", afirmou Marcelo Bertini, presidente do Cinemark Brasil.

"É um processo de interiorização do parque brasileiro. Investimos junto com as aberturas de novos shoppings", completou.

Com esse pressuposto, o Cinemark planeja abrir três complexos até o final deste ano e mais oito em 2012, somando 60 novas salas de cinema à rede no próximo ano. Em 2013, serão inaugurados mais sete complexos.

Em São Paulo, três shoppings receberão as salas de cinema da rede: Raposo Shopping, Mooca Plaza Shopping e ParkShopping São Caetano. Já as cidades de Uberlândia, Londrina e Recife são cotadas para sediar a rede a partir do próximo ano.

Sem revelar valores de investimento e faturamento, Bertini garante que o Cinemark apresenta crescimento médio anual de 20%, expectativa que deve ser mantida até 2013.

"A rede tem maior possibilidade de crescimento no Brasil, aqui tem muito espaço para crescer. No exterior, o negócio já está consolidado, não consegue crescer no mesmo ritmo", disse o executivo.

Segundo ele, a rede também se beneficia no momento econômico vivido no Brasil. "Temos observado uma inclusão grande de famílias e aumento da renda".

Desafios

Do lado negativo, Bertini afirma que a indústria cinematográfica enfrenta entraves fiscais, diante do excesso de impostos, e a complexidade da legislação trabalhista.

"A legislação brasileira exige que todos funcionários sejam mensalistas, isso engessa o processo, porque recebemos mais clientes durante o final de semana e menos durante a semana", explicou.

Quanto à tributação, o problema é o efeito em cascata, uma vez que PIS e Confis incidem sobre a produção, a distribuição e a exibição.

Além disso, uma reivindicação comum da indústria cinematográfica é a regulamentação da meia-entrada.

"Não fazemos campanha contra a meia-entrada, mas gostaríamos de uma regulamentação. Ao invés do benefício ser patrocinado pelo governo, é a indústria quem patrocina. Deveria haver uma contrapartida do governo, alguma forma subsídio", ponderou Bertini.

Segundo o presidente da rede Cinemark no Brasil, há dez anos atrás a meia-entrada estava limitada a uma faixa de 20% a 25% do público, hoje de 60% a 70% utiliza o benefício. "Isso impacta a minoria que não tem meia-entrada", destaca.

Uma forma de regulamentação seria a emissão de documento público que validasse a condição de estudante, assim como uma habilitação de motorista.

(Micheli Rueda l Brasil Econômico)

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