Classe Média em expansão impulsiona lançamento de shoppings

O país deve chegar ao final de 2011 com 439 shopping centers, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Só este ano, o número de novos empreendimentos deve chegar a 18. Para o próximo ano, está prevista a inauguração de outros 29 centros de compras.

Desde 2006, segundo dados da associação, o número de empreendimentos inaugurados anualmente só não cresceu em 2008. Naquele ano, quando o país teve de enfrentar a crise financeira mundial, foram 11 lançamentos, menos que os 14 do ano anterior.

Tamanha expansão é atribuída ao crescimento da economia brasileira, à expansão dos centros urbanos e ao aumento da classe média, na opinião do presidente do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), Cláudio Felisoni.

"O fato de os shoppings concentrarem vários serviços em um só lugar, naquele conceito ”one-stop-shop”, e de oferecerem segurança, principalmente em grandes centros urbanos, acaba fazendo com que as grandes construtoras invistam cada vez mais no setor".

Uma tendência que foi mantida nos últimos anos diz respeito à região onde é construída a maioria dos empreendimentos. O Sudeste continua neste ano, a exemplo dos anos anteriores, concentrando a maior quantidade de shoppings, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun.

"São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais continuam sendo os estados que exercem maior atração das construtoras, até porque é onde a economia é mais forte. Mas, ultimamente, as regiões Norte e Nordeste têm começado a despontar no mercado", disse.

Neste ano, dos shoppings que serão inaugurados, segundo previsão da Abrasce, três ficam no Acre, na Bahia e no Maranhão.

Faturamento
O faturamento registrado ano a ano pelos shoppings só tem crescido nos últimos anos, aponta a Abrasce. Em 2006, os centros tiveram ganhos de R$ 45,5 bilhões. Já para este ano, a previsão é de R$ 79,5 bilhões.

Nos primeiros quatro meses deste ano, segundo Felisoni, o crescimento de vendas no varejo em geral foi de 13,5%. Já as vendas em shoppings, no mesmo período, registraram alta de 15%.

O resultado tem chamado atenção inclusive de investidores estrangeiros, segundo o presidente da Alshop."As empresas têm levantado muito dinheiro ao abrir capital. E esse dinheiro vem sendo usado para a construção de shoppings. Os investidores ficam atraídos pelo fato de o mercado estar em franca ebulição e pela perspectiva de manutenção do crescimento para os próximos anos."        

O que fazem no shopping
Segundo pesquisa da Felisoni Consultores Associados, a maioria dos consumidores que frequentam os shoppings vai atrás de restaurantes e lanchonetes (25,2%), de cinema (20,8%) e de compras (17,9%).  

(Portal G1)

 

 

 

 

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