Dica de Valor: Os 14 mais belos jardins do mundo

Pequenos ou monumentais, exóticos ou minimalistas, uma lista dos mais magníficos oásis verdes

Desde tempos imemoriais, o sonho do homem era ter uma casa. Aquecida no inverno, fresca no verão e protegida das intempéries. Um local onde ele podia se dedicar ao sono, ao descanso, ao estudo. O passo seguinte foi ter um belo jardim.

Entre os muros de sua residência, criou um microcosmo, uma versão reduzida do mundo exterior. Um espaço não só para o recreio, mas também para a contemplação. Espelhos d’água, fontes e correntes imitavam rios e lagos. Plantas exóticas com desenhos ora caóticos, ora perfeitamente simétricos, remetiam a bosques e pradarias. Estátuas e escadarias traziam um relevo multidimensional, repleto de relevos, a espaços muitas vezes reduzidos.

Esta galeria traz alguns dos mais belos jardins do planeta, ora pequenos e minimalistas, ora monumentais e mirabolantes. Muitas vezes feitos para o deleite de alguns poucos, hoje todos estão abertos à visitação.

De Keukenhof, Lisse, Holanda

Provavelmente o parque de flores mais bonito do mundo. Localizado a pouco mais de meia hora do centro de Amsterdã, o De Keunkenhof encontra-se no coração da Rijnland, uma das maiores áreas de cultivo de tulipas do planeta. Seus bem-cuidados jardins e alamedas estão repletos de espécies de todo o mundo e o parque ainda conta com estufas e viveiros encantadores.
Aberto de 22/mar a 20/mai, 8h/19h30

Toni Scuder/Creative Commons

Koishikawa Korakuen, Tóquio, Japão

No meio do complexo tecido urbano de Tóquio, uma pequena mancha verde destaca-se junto à moderna arena Tokyo Dome. Desenhado no século XVII por membros do clã Tokugawa, é um popular local de passeio. Por sua importância cênica e histórica, o Koishikawa Korakuen é protegido por uma lei nacional especial.

Yhlee/Creative Commons

Museu Quai Branly, Paris, França

O mais novo museu de Paris é dedicado às artes etnográficas das Américas, Oceania, Ásia e África. O impressionante acervo do Quai-Branly é seu ponto focal, mas o edifício projetado por Jean Nouvel não passa despercebido. Um de seus destaques é o jardim vertical, um muro vivo de 200 metros concebido por Patrick Blanc.

Creative Commons

Mirabell, Salzburgo, Áustria

Célebre por cenas de “A Noviça Rebelde”, o Palácio Mirabell ostenta um jardim de opressiva beleza. É tudo tão limpo e bem cuidado que beira a falsidade. À sombra do Castelo e da Catedral de Salzburgo, tudo fica ainda mais encantador.

CebepuH/Creative Commons

Templo e Jardins Baha”i, Haifa, Israel

Muito mais que uma religião, o Baha”i prega a unidade e harmonia entre os povos. Perseguidos na Pérsia (atual Irã), estabeleceram sua sede em Haifa, em Israel. Seus mirabolantes jardins e santuários dominam a paisagem da cidade em uma sucessão de degraus e plataformas suspensas.

CebepuH/Creative Commons

Korakuen, Okayama, Japão

O clássico jardim japonês reflete ambições paisagísticas que refletem um mundo em pequenas proporções. Construído sob as ordens do senhor feudal Tsuda Nagatada, no século XVII, sobre uma ilhota no rio Asahi, o Korakuen é considerado um dos mais perfeitos do país. A cidade de Okayama fica a cerca de 1h30 de trem-bala desde Hiroshima, no centro-oeste do Japão.
Destaque para as dramáticas mudanças nas paisagens sazonais, com cerejeiras e ameixeiras em flor entre março e abril, e as folhagens de outono entre outubro e novembro.
Aberto de 20/mar a 30/set, 7h30/18h; 1/out a 19/mar, 8h/17h.

Dishhh/Creative Commons

Chatsworth House, Reino Unido

Um dos países onde a jardinagem chegou ao status de mania é a Inglaterra. Plebeus e nobres são fanáticos pelo hobby e o próprio príncipe Charles dedica parte de sua movimentada agenda para cuidar de suas plantas. Não surpreende então que haja grandes e bem-cuidados parques públicos e que boa parte dos palácios do país possuam jardins de esmerado trato. Um dos mais famosos é o de Chatsworth House, a mansão do duque de Devonshire. Em uma área de mais de 100 acres, encontram-se elementos de seis diferentes séculos. Destaque para a longa cascata e as estufas de plantas exóticas.

Kev747/Creative Commons

Chateau de Villandry, Vale do Loire, França

Versalhes pode ser considerado o mais famoso jardim francês, mas não é páreo para Villandry em termos de elaboração artística. Seu projeto paisagístico é uma colcha de retalhos e apuro técnico que faz a alegria dos entusiastas por labirintos e padrões simétricos. Construído no século XVI por um dos ministros de Francisco I, teve como base trabalhos renascentistas italianos.
Os horários para visitação variam bastante durante o ano, sendo mais longos durante o verão e mais curtos no inverno.

Flickr Delusions/Creative Commnos

Palácio de Versalhes, França

Muito da fama dos jardins de Versalhes vem de seu magnífico palácio, mas, convenhamos, o chateau não teria a menor graça sem seu magnífico projeto paisagístico. Fontes, estátuas, alamedas, um imenso tanque d’água e uma complexa trama de perspectivas são suas grandes atrações.
André Le Nôtre coordenou uma grande equipe, que incluiu Charles Le Brun, Jean-Baptiste Colbert e Jules Hardouin-Mansart. O próprio rei dava a palavra final em muitos dos detalhes desta obra superlativa.

Joe Gratz/Creative Commons

Jardim Botânico, Rio de Janeiro

No Olimpo das grandes atrações turísticas do Rio de Janeiro, o Jardim Botânico é um dos mais discretos campeões na preferência dos turistas. Vitórias-régias enormes, bambuzais colossais, perspectivas infinitas, orquidários e bromeliários enchem os olhos dos visitantes aos pés do Cristo. As palmeiras imperiais continuam ali, imponentes como sempre.

Nathan Gibbs/Creative Commons

Garden of Cosmic Specullation, Dumfries, Escócia

A atração central aqui não são plantas exóticas, nem mesmo uma curadoria botânica. O paisagismo deste curioso parque é a ciência aplicada em matemática, física e astronomia, com conceitos espelhados em esculturas, lagos e em seu curioso relevo. Concebido pelo arquiteto Charles Jencks, esta é uma propriedade particular, mas que ocasionalmente é aberta ao público.

Yellow Book/Creative Commons

Palácio de Caserta, Itália

As amplas perspectivas, o amplo uso da água em fontes, cascatas e espelhos d”água e o impressionante conjunto barroco do palácio dos reis de Nápoles valeram ao Reggia di Caserta o título de Patrimônio da Humanidade dado pela Unesco. Localizado a 35 quilômetros de Nápoles, seus amplos jardins são um passeio que complementa a perfeição e a suntuosidade setecentista do edifício principal.

Pennyjb/Creative Commons

Generalife, Espanha

Na imensa vega árida da Andaluzia, o palácio Alhambra, em Granada, é uma joia arquitetônica que se mantém como símbolo maior e mais duradouro da presença árabe na Europa. O palácio de verão Generalife, logo ao lado, é um oásis repleto de jardins que traz um bem-vindo frescor ao ambiente, repleto de espelhos d”água, fontes e pátios. A escadaria, cujo corrimão é uma corrente de água, é de delicada sensibilidade.

Eilam Gil/Creative Commons

Huntington Library, Los Angeles, EUA

Localizado a apenas 20 quilômetros do centro de Los Angeles, o Huntington é uma instituição que reúne biblioteca, coleção de arte e os famosos e amplos jardins. Mais de 40 jardineiros e 100 voluntários cuidam do parque botânico de 200 acres, que conta com plantas vindas da Austrália, do Japão e da China, além de outros mais, com ambientações típicas. Destaque para a área reservada para diversos tipos de cactos.

Brendan-c/Creative Commons

(Exame.com)
 

+ posts

Share this post