Empresas disputam para definir quem ficará com a Diesel no Brasil

A marca italiana Diesel fechou suas três lojas no Brasil em junho com a promessa de que iria se reestruturar para voltar ao mercado nacional ainda em 2011. Para que isso ocorresse sem desgastes, era preciso que a empresa escolhesse, o mais rápido possível, um novo grupo para viabilizar seu retorno. Duas companhias estão no páreo: a holding de moda InBrands, dona das grifes Ellus, Salinas, Richards, entre outras; e o grupo Aste, que representa as marcas The North Face e Kippling no país. Fonte próxima das empresas estima que uma definição sobre quem ficará com a representação brasileira da grife pode levar ainda dois meses para sair. As negociações seguem tensas.

Segundo apurou o site de VEJA, o processo de escolha do novo representante brasileiro da Diesel ocorre com a ajuda do empresário Patrick Siaretta, sócio da Teleimage, que, inicialmente, deveria intermediar as negociações e ser o principal nome da marca italiana no país. As conversas foram iniciadas ainda em maio com o grupo Aste – que, em um primeiro momento, não aceitou participar do negócio. Desde então, a InBrands demonstrou interesse e passou a elaborar uma estratégia, em conjunto com Siaretta, para “ficar” com a marca.

Fontes revelaram que o diálogo com a InBrands azedou há cerca de um mês, quando o Aste decidiu retomar, por conta própria, as conversas com a Diesel. Na ocasião, diretores do grupo – entre eles, o empresário Fabricio Luzzi – viajaram a Nova York para um encontro com os representantes da marca italiana, atravessando as negociações que ocorriam com a InBrands e Siaretta. O impasse causou o estremecimento das relações entre os possíveis sócios e a própria Diesel.

Procurado pela reportagem do site de VEJA, o grupo Aste afirmou que tem negociado a representação de várias marcas estrangeiras, mas que nenhum novo negócio está fechado até o momento. Patrick Siaretta não retornou o pedido de entrevista, enquanto a marca InBrands alegou não poder se pronunciar devido ao período de silêncio que antecede sua estreia na bolsa de valores.

A previsão era que a Diesel já tivesse finalizado a escolha de seu parceiro para conseguir reabrir suas lojas ainda neste ano, como havia sido previsto. O principal objetivo da estratégia era firmar uma parceria o mais rápido possível para conseguir manter o ponto do Shopping Iguatemi, em São Paulo, que foi responsável pelo maior volume de vendas que uma loja da marca chegou ter no mundo. No entanto, segundo a assessoria de imprensa do shopping, a área já foi repassada a outro lojista. Entre 1998 e 2011, quem comandava a operação da Diesel no Brasil era o empresário Esber Hajli, que já não possui qualquer relação com a marca.

(Ana Clara Costa l Veja)

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