Grife sanitária Toto chega para disputar grandes projetos

Multinacional japonesa de louças e metais especiais projeta crescimento com participação nas obras de estádios e aeroportos.

Com um faturamento global de US$ 5,1 bilhões, a empresa japonesa especializada em metais e loucas sanitárias Toto chega ao mercado brasileiro disposta a fazer parte das principais obras que serão realizadas para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Nos primeiros anos de atuação, a companhia importará a maior parte dos produtos que serão comercializados no país e já começa a incomodar as empresas nacionais que também estão de olho nos investimentos ligados aos grandes eventos nos próximos anos.

Mesmo sem previsão de abrir uma fábrica no Brasil, a Toto projeta que o país será o seu segundo maior mercado do continente americano nos próximos cinco anos, ficando atrás dos Estados Unidos e à frente do México, país onde atua há 15 anos e que mantém uma grande unidade de produção.

"Até 2016, se não conseguirmos vender no Brasil mais do que em todos os países juntos da América Latina onde já estamos será um erro de nossa estratégia", afirma David Krakoff, vice-presidente da divisão de vendas da Toto na América e presidente da subsidiária brasileira.

Nos primeiros três meses deste ano, a companhia investiu US$ 6 milhões (cerca de R$ 9 milhões) para estruturar sua operação no país, cuja sede ficará na capital paulista.

Com itens de luxo voltados para banheiros residenciais e comerciais de alto padrão, a companhia inicia a comercialização de seus produtos em apenas nove pontos de venda no mercado, sendo cinco deles na cidade de São Paulo, dois no Rio de Janeiro, e as outras duas em Curitiba.

Até o final do ano, a empresa pretende disponibilizar seus itens em mais seis locais.

Oportunidades à vista

Além da venda direta ao consumidor, a Toto pretende aproveitar sua experiência em grandes eventos esportivos para ter seus produtos utilizados em estádios, centros esportivos e aeroportos que construídos ou reformados para a Copa do Mundo e a Olimpíada no país.

Para a Olimpíada de Pequim, em 2008, a companhia esteve nos principais locais utilizados nos jogos, como o Estádio Nacional de Pequim e o Centro Aquático, conhecido como Cubo D”Água.

"Prometi para meu chefe no Japão que quando ele vier ao Brasil para assistir a Copa irá se deparar com um produto nosso tanto no hotel em que ele ficará hospedado como também no estádio que ele visitar", diz Krakoff.

A expertise na área é a aposta da Toto para levar vantagem sobre as empresas nacionais que também pretendem ter seus produtos nos locais utilizados nos grandes eventos. Entre elas está a brasileira Draco, que tem entrado em contato com arquitetos ligados às obras para a Copa tendo em vista a grande oportunidade para o segmento nos próximos anos.

"Temos estreitado o relacionamento com os responsáveis pelos projetos dos estádios no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Cuiabá", afirma Ricardo Dutra, executivo da Draco.

Segundo ele, o grande diferencial da companhia em relação à concorrência da Toto na área é o conhecimento dos produtos utilizados no país.

"Há uma norma técnica dos itens utilizados no país e eles terão que correr atrás disso para ter a confiança do consumidor brasileiro", comenta Dutra.

(Fábio Suzuki l Brasil Econômico)

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