Itaú vira líder em gestão de fortuna no Chile com acordo

Em linha com sua estratégia de internacionalização, o Itaú assinou ontem um acordo para criação de uma joint venture com um dos maiores bancos chilenos, o Munita, Cruzat & Claro (MCC). A parceria foi feita com o objetivo de desenvolver a gestão de patrimônio no Chile, com operações de private banking – serviço prestado timidamente pelo branco brasileiro naquele país. Com a joint venture, o Itaú vira líder na administração de fortunas no mercado chileno.

O banco está no Chile desde 2006, quando comprou o BankBoston local. De lá para cá, manteve uma atuação voltada para o varejo e com uma carteira relativamente pequena de clientes com alta renda, alvos do private banking. Com a sociedade, o banco une os US$ 300 milhões que tinha sob gestão com o US$ 1,7 bilhão do parceiro chileno.

?Com a sociedade, aumentamos a carteira de clientes hispânicos em 25%?, disse João Medeiros, diretor do Itaú Private Bank International. "Os clientes chilenos passam a representar um terço da nossa carteira na América Latina, encostando nos argentinos, que até então tinham a participação mais relevante, depois do Brasil."

Medeiros acredita que, em três ou quatro anos, é possível dobrar a carteira de ativos no Chile, chegando aos US$ 2 bilhões. Entre os fatores que levaram o Itaú a apostar no país vizinho, além da oportunidade, está o potencial de crescimento da economia chilena, que tem dado saltos de 6% ao ano. "É um mercado que tem condições muito favoráveis, com crescimento sustentável e um ciclo de criação de riquezas estável", diz Medeiros. "Com riqueza acumulada, temos investidores em busca de oportunidade de investimento."

(Naiana Oscar l O Estado de São Paulo)

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