Laboratório Schmillevitch prevê dobrar de tamanho

Dentro de um ano, o laboratório paulistano Schmillevitch, referência em exames de ultrassonografia, pretende duplicar o número de procedimentos realizados. Para atingir esse crescimento, a companhia está fechando parcerias com hospitais particulares e com a rede pública de saúde. "Nossa meta é realizar 300 mil exames de análises clínicas, o dobro do que fazemos hoje. Com essas parcerias conseguimos crescer rapidamente", disse o médico Joel Schmillevitch, um dos fundadores do laboratório que leva seu sobrenome.

Hoje, são realizados 150 mil exames de análises clínicas e outros 15 mil de imagem nas seis unidades do Schmillevitch, situadas na capital paulista. Outra frente de expansão é a abertura de unidades. A meta é ter 15 em funcionamento daqui a quatro anos. "Passamos os últimos anos investindo em aquisição de equipamentos e reforma das unidades que já tinhamos. Agora, começamos a abrir novos laboratórios", explicou Schmillevitch. No ano passado, por exemplo, ele investiu U$ 1,5 milhão em um aparelho para realizar elastografia hepática, que evita a biópsia de fígado.

Com um faturamento anual de R$ 30 milhões, o Schmillevitch cresce em média 10% e a maior parte do seu público é das classes B e C. Metade da receita total vem de exames de análises clínicas e a outra parte, de exames como ultrassom e mamografia.

Questionado se o laboratório tem sido alvo de propostas de aquisições por parte de grupos consolidadores, o fundador disse que no curto prazo não tem planos de vender a empresa criada com sua esposa, a médica Ana Gorski, em 1982. "É difícil dizer que nunca vamos vender. Mas estamos analisando com cuidado essa movimentação. Muitos grupos ficam tão grandes e a qualidade cai. Com isso, os médicos recomendam não ir a determinados laboratórios", disse Schmillevitch, que até hoje atende pacientes.

(Beth Koike | Valor)

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