Nutrin acerta fusão com Pronutri, de São Paulo

Em ritmo de aquisições desde o ano passado, a fornecedora de refeições coletivas Nutrin acaba de fechar seu terceiro negócio: a fusão com a rival Pronutri, de São Paulo, que fatura perto de R$ 13 milhões anuais e tem 20 clientes. Com o acordo, a empresa dá mais um passo no plano de faturar 25% mais este ano, atingindo R$ 180 milhões.

"Pronutri passará a ser nossa marca ”premium”", diz Aderbal Nogueira, diretor-geral da Nutrin. Segundo ele, a Pronutri já oferece serviço e ambientação mais sofisticados, por um preço médio de R$ 8 por refeição. Em sua carteira estão a companhia aérea Azul e a montadora Mitsubishi, entre outros. "Ela não entra em briga de preço e vamos manter essa linha, como uma opção a mais para os clientes", acrescenta. Atualmente, a Nutrin cobra uma média de R$ 6 por prato.

Pelos termos do acordo, que não envolveu dinheiro, a Nutrin obteve uma participação de 60% na empresa paulistana. Seu proprietário, Tarcísio Ramalho, continua no negócio como cogestor e também terá uma fatia na Nutrin.

No ano passado, a Nutrin fez duas compras, em Minas Gerais (50% da Gran Vittoria) e no Rio Grande do Sul (Nutrimiza), e mira outras. A empresa tem consultado a Galeazzi & Associados para formatar um ambicioso projeto de crescimento com o objetivo de tornar-se uma companhia de R$ 1 bilhão em 2014. E estuda buscar um sócio investidor, capaz de dar suporte a aquisições de porte maior.

Hoje, entre as fornecedoras de refeição coletiva que atuam no Brasil, apenas a líder GRSA (do grupo inglês Compass) supera R$ 1 bilhão em faturamento. Sua receita bruta no último exercício fiscal foi de R$ 1,5 bilhão. Estão perto de entrar no clube do bilhão as outras três grandes: Puras , Gran Sapore e Sodexo, que faturam entre R$ 750 milhões e R$ 950 milhões.

(Luciana Marinelli | Valor)
 

 

+ posts

Share this post