OGX tem recuperação parcial em Bolsa e sobe 4,7%

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), volta ao patamar dos 66 mil pontos nesta tarde, após cair para os 65 mil pontos ontem. Na segunda-feira, todos os mercados acionários no mundo reagiram mal ao anúncio da agência de classificação de risco S&P de rebaixar a perspectiva do rating soberano dos Estados Unidos para negativa. O índice subia 1,14% às 15h15, cotado em 66.169 pontos.

O petróleo em queda e notícias corporativas ruins também fizeram as ações da OGX despencar, o que piorou a queda do Ibovespa ontem. Neste dia de recuperação, OGX é a maior alta do índice, de 4,79%, recuperando apenas parte da forte perda de 17,25% da segunda-feira.

"Hoje temos um movimento de recuperação do mercado brasileiro, mas é apenas um alívio de curtíssimo prazo, que não indica uma mudança de tendência", comentou o analista da Socopa Corretora Marcelo Varejão. Analistas gráficos destacam a importância de o Ibovespa ter fechado o pregão de ontem colado ao primeiro suporte, nos 65,4 mil pontos. Embora o índice à vista permaneça em uma zona de indefinição, a defesa dessa marca inibe uma queda livre até os 64 mil pontos.

Exterior

As Bolsas de Nova York sobem, após a divulgação de dados animadores sobre o setor imobiliário do país. Balanços fortes do Goldman Sachs e da Johnson & Johnson também contribuem para o otimismo entre os investidores. Às 15h15 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,43%, o Nasdaq avançava 0,21% e o S&P-500 registrava alta de 0,43%.

As construções de casas e apartamentos aumentaram 7,2% em março, para a média anual sazonalmente ajustada de 549 mil, em comparação com o número revisado de 512 mil em fevereiro, informou mais cedo o Departamento do Comércio. As permissões para novas construções subiram 11,2% em março, para a taxa anual de 594 mil.

Resultados acima das expectativas também impulsionaram as operações nas bolsas europeias, minimizando as preocupações dos investidores quanto à recuperação da economia mundial, após a agência de classificação de risco Standard & Poor´s ter colocado em perspectiva negativa a nota de crédito dos Estados Unidos.

As ações da Burberry, maior rede de varejo de luxo do Reino Unido, saltaram quase 7% depois que a companhia divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2011. Na bolsa de Londres, as mineradoras também ajudavam a impulsionar os negócios, colocando o índice FTSE-100 em alta de 0,65%, aos 5.908,50 pontos. Os papéis da Anglo American subiam 2,19%, acompanhados pelos da Xstrata (2,12%), da BHP Billiton (1,74%) e da Rio Tinto (1,15%).

(Aline Cury Zampieri, iG)

+ posts

Share this post