Oi vende parte do iG ao Ongoing

Depois de quase seis meses de negociações, a operadora Oi fechou a venda de parte do iG. O negócio, feito com o grupo português Ongoing – que controla 6,7% do capital da Portugal Telecom e detém participação em quatro jornais no Brasil – envolve apenas uma das três unidades da empresa de internet: a área de conteúdo e publicidade. O valor do negócio não foi revelado. No ano passado, a estimativa era que a venda dessa unidade poderia chegar a R$ 150 milhões. A Oi manterá o controle do provedor de acesso e da unidade de serviços digitais, que inclui hospedagem de sites, antivírus, entre outros.
 
Ao Valor, o presidente da Oi, Francisco Valim, afirmou que, após a venda, a companhia concentrará esforços nos serviços de telecomunicações. "Saímos da produção de conteúdo, que era uma dispersão [do foco da companhia]", disse o executivo, por telefone, de Nova York. Valim está nos Estados Unidos para encontros com analistas do mercado financeiro no "Oi Investor”s Day". O grupo Ongoing divulgou comunicado confirmando a operação.
 
Quatro empresas, além do Ongoing, chegaram a analisar o iG: o Yahoo, a RBS, o UOL e o fundo de investimento Infinity (controlado pelo empresário Carlos Mansur, ex-dono das marcas de laticínios Vigor e Leco).
 
Na rodada final, restaram o Ongoing e o Infinity. A questão principal envolvia o preço e a forma de pagamento: a oferta da Ongoing era mais alta, embora com prazo mais longo.
 
O iG tem cerca de 25 milhões de visitantes únicos por mês, segundo informações da empresa. Além de produzir conteúdo, hospeda sites como Baixaki (de downloads) e Vagalume (de letras de músicas).
 
A expectativa é que o negócio seja concluído em 60 dias. "Cabe ressaltar que, durante esse período, nada será alterado em nossas atividades, funções e desafios", informou o iG em comunicado aos funcionários.

(Valor)
 

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