Para crescer, Raízen planeja comprar dez usinas

A joint venture formada entre a Shell e a Cosan, que passou a operar sob o nome de Raízen, planeja que metade de seu crescimento venha da aquisição de usinas. Para isso, a companhia prevê a compra de sete a dez usinas dentro dos próximos quatro anos, segundo o presidente da empresa, Vasco Dias.

Atualmente, a Raízen tem 24 usinas, já levando em consideração a mais nova aquisição, a Zanin. O plano de expansão prevê que a empresa passe de uma capacidade de moagem de 60 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para 100 milhões de toneladas em cinco anos. Desses 40 milhões de toneladas, metade virá de novos projetos e da ampliação dos já existentes, e a outra será decorrência de novas aquisições.

Dias informou que o plano de negócios para os próximos cinco anos prevê ainda a elevação da capacidade de produção de 4 milhões de toneladas de açúcar para 6 milhões de toneladas por ano. Para o etanol, a previsão é passar de uma produção de 2,1 milhões de litros para 5 milhões de litros, além da cogeração de energia, que deve sair de 900 MW por hora para 1,3 mil MWh.

"Os investimentos que estamos fazendo mostram o comprometimento com o mercado nacional. A maior parte da produção fica no mercado interno, que é a nossa prioridade", disse o presidente.

Ele afirmou que o fato de a Petrobras ter uma política de preços de combustíveis de longo prazo, não acompanhando, portanto, as oscilações do mercado internacional, força a companhia a ter maior produtividade e competitividade. "Com as novas tecnologias, o custo de produção de etanol tende a cair", disse.

(Juliana Ennes | Valor)
 

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