TAM tem interesse em participar da construção de terminais no Brasil

SÃO PAULO – A união entre a TAM e a chilena LAN é coisa antiga, diz Marco Antonio Bologna, presidente da holding brasileira, que tem como principal missão concluir o negócio até o fim do ano. O namoro entre as duas empresas começou nos anos 90 sob a batuta do comandante Rolim Amaro, fundador da TAM. Rolim sempre acreditou na consolidação do setor aéreo e é sob esta inspiração que Bologna antecipou ao GLOBO o interesse na privatização da TAP, a compra, em dois meses, de um terço da regional Trip e a disposição de entrar na concessão de aeroportos. Para o Executivo, "a participação do setor privado na melhora dos aeroportos é ”inexorável”. Sobre o processo de fusão com a LAN, Bologna disse que ainda não há efeito prático.

– O Tribunal de Defesa do Chile proibiu os atos de fusão enquanto não terminar sua análise e, a pedido de uma associação de consumidores, realizará audiências até o fim do mês para discutir os reflexos da operação, principalmente na linha Santiago-SP. No Brasil, deverá coincidir com a aprovação do Cade. Depois disso, temos outro caminho crítico, que é a aprovação dos acionistas não-controladores das duas companhias. No caso da TAM, vamos fazer uma oferta pública na Bolsa para que os minoritários possam trocar as ações da TAM pelas da Latam, numa relação de troca favorável, terá um prêmio. A gente vai solicitar a adesão de 95% desses acionistas, que têm 54% do capital (46% são da família Amaro). Se eles não quiserem, o negócio não sai – disse o executivo.

(Geraldo Doca l O Globo)

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