Voges anuncia parceria com americana Emerson

O grupo Voges, fabricante de motores elétricos com sede em Caxias do Sul (RS), anunciou ontem acordo para importação e distribuição exclusiva no Brasil de inversores de frequência produzidos pela multinacional americana Emerson. O contrato é válido por cinco anos, com possibilidade de prorrogação, e faz parte dos planos de expansão da empresa, que incluem a inauguração da nova unidade industrial em Recife (PE) no segundo semestre deste ano.

Segundo o diretor-presidente Osvaldo Voges, os inversores controlam a velocidade e o torque dos motores elétricos trifásicos para garantir melhor desempenho dos equipamentos com menor consumo de energia. "Agora vamos oferecer pacotes completos para nossos clientes", disse o empresário. De acordo com ele, os equipamentos são fabricados nos Estados Unidos, País de Gales e China.

Com quatro fábricas em São Paulo e uma filial em Macaé (RJ), onde produz válvulas industriais e sistemas para controle de processos, a Emerson fechou o negócio com a Voges devido à forte participação da brasileira no mercado local de motores elétricos, disse o presidente da divisão Emerson Control Techniques para as Américas, Paul Schutter. Ele admitiu que se a operação for bem sucedida a companhia poderá fabricar os inversores no país, mas não garantiu se isso seria feito em associação com a parceira de Caxias do Sul.

Fundada em 1992 como uma distribuidora de aços planos, a Voges ingressou no segmento de motores elétricos em 2004 quando comprou a fábrica da antiga Eberle, de quem já havia adquirido uma fundição um ano antes. Agora, conforme o diretor-presidente, a unidade industrial que será construída em Recife exigirá investimentos de R$ 16,5 milhões e permitirá atender mais rapidamente os clientes do Nordeste. A empresa tem centros de distribuição nas cidades de São Paulo e Buenos Aires.

A previsão de Voges é fechar 2010 com receita bruta de R$ 340 milhões (5% com exportações para países da América Latina), um desempenho praticamente igual aos R$ 350 milhões apurados em 2008. No ano passado, em função da crise econômica global, o faturamento encolheu para R$ 280 milhões. Já em 2011, a receita estimada alcança R$ 430 milhões, contou o empresário.

(Sérgio Bueno – Valor Econômico)

 

 

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