DGF compra 20% da APS por R$ 10 milhões

Depois de investir em negócios tão distintos como usinas de açúcar e álcool, empresas de TI e "vending machines", a DGF Investimentos, administradora de ativos da ordem de R$ 430 milhões, está aplicando R$ 10 milhões na compra de 20% do capital da APS Soluções em Energia, que atua em projetos de eficiência energética.

O negócio pode ser ampliado para R$ 16 milhões para a compra de até 49% de participação, dependendo do desempenho e da necessidade de recursos da APS daqui para a frente, segundo o sócio da DGF, Eduardo Pamplona.

A APS atua em duas frentes. A primeira é desenvolver e implementar projetos de eficiência energética (para economizar energia) para distribuidoras de energia elétrica – empresas como Light e CPFL, que são obrigadas pelo marco regulatório do setor a desenvolver programas nesse sentido.

A segunda linha de negócios da APS, batizada de contratos de performance, é voltada para a indústria e grandes redes de varejo. Num contrato padrão, a APS assume o risco da troca de sistemas de ar-condicionado e iluminação, por exemplo. Os recursos com a economia são rateados meio a meio, entre a APS e o cliente.

Os projetos desenvolvidos para distribuidoras respondem atualmente por 85% do faturamento da APS, que em 2009 foi de R$ 30 milhões. Os 15% restantes são dos contratos de performance.

Sphor diz que este ano, quando as vendas da APS deverão aumentar para R$ 42 milhões, a proporção do faturamento proveniente de distribuidoras deverá recuar para 75%. Os contratos de performance passarão para 25% das vendas. Até o fim de 2012, essa relação deverá ficar equilibrada em 50%.

"O nosso investimento é dinheiro novo na APS para a sua capitalização e fortalecimento de sua estrutura de capital", diz Pamplona. Os recursos são de um dos três fundos de private equity da DGF, o Fundo de Participação e Consolidação (Fipac). Esse fundo tem capital de cerca de R$ 100 milhões de investidores como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

"Os recursos serão utilizados para a expansão, novos escritórios e formação de profissionais", diz o proprietário da APS, Aldemir Sphor. A APS tem sede em Porto Alegre e filial em São Paulo. Segunhdo Sphor, até o fim do ano a ideia é abrir subsidiárias no Rio de Janeiro e na região Nordeste.

(Alberto Komatsu | Valor)
 

 

 

 

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