ESG: implementação do plano e como reportar para o mercado

Apesar da importância que o ESG vem ganhando ao longo do tempo, as empresas ainda estão em fase de transição em relação a essas práticas. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) mostra que apenas 11% das corporações contam com uma área específica para isso. Entretanto, vale ressaltar que esse é um caminho sem volta e quem começar agora terá vantagens competitivas futuramente.

Por isso, é interessante conhecer os passos para a implementação de um plano de ESG e saber de que modo as instituições já estão se adaptando a essa demanda. Confira a seguir!

Por que o ESG é importante para o futuro da sua empresa?

A sigla ESG é do inglês Environmental, Social and Governance e pode ser traduzido como ASG (Ambiental, Social e Governança). Esse termo vem ganhando cada vez mais destaque no mercado por conta da necessidade de as empresas se ajustarem à cobrança de clientes, fornecedores e investidores.

Os holofotes sobre as empresas que implementam ações ESG aumentam, com a associação entre valores sociais, ambientais e de governança corporativa. Dessa forma, é importante apostar nesses critérios para garantir a atração de investimentos, reduzir os riscos ambientais e tornar as relações de trabalho mais justas.

Ademais, para você ter uma ideia, a empresa de tecnologia Bloomberg estima que a soma mundial relacionada à sigla ESG correspondeu a US$ 38 trilhões no ano passado. O cálculo também aponta que, em 2025, essa fatia deve alcançar US$ 53 trilhões. Esse valor representa um terço dos ativos de investimentos em todo o mundo.

De acordo com dados divulgados pela Forbes, existem mais de 500 fundos de índice direcionados para a sustentabilidade, correspondendo a mais de US$ 250 bilhões em ativos nos EUA.

Como os princípios ESG são avaliados? 

As avaliações de empresas que se encontram ou não em critérios ESG são feitas por sites especializados, como a Sustainalytics e a MSCI, bem como por índices da Bolsa de Valores. 

A classificação ESG da MSCI é feita pelo Morgan Stanley Capital International, uma companhia dos EUA que analisa os resultados das principais bolsas. Esse índice funciona como uma referência para vários fundos de investimentos.

A lista ligada à avaliação ESG foi criada em 1990, com a intenção de revelar aos investidores as empresas que podem ser enquadradas em critérios ambientais, sociais e de governança. Dessa forma, são preteridas as corporações que vendem produtos com efeitos socioambientais prejudiciais, a exemplo das produtoras de armas e de tabaco.

No Brasil, esse índice existe desde 2007 e é constituído pelas empresas nacionais que apresentam os melhores resultados em práticas positivas ligadas às três letras da abreviação.

Um dos sinais do retorno financeiro das ações ESG estabelecidas nas empresas é que, nos últimos 12 anos, o indicador brasileiro da MSCI ligado à sigla foi oito vezes maior do que o convencional.

Entre as empresas que oferecem a análise no Brasil, estão a Apsis, que trabalha com um índice próprio, o Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISC, indicador que utiliza como base a rede de dados Refinitiv, a qual classifica as empresas em cada segmento), e a Resultante, que fornece a ESG Research para análise e fornecimento de relatórios sobre os critérios ESG de empresas listadas, tanto em renda fixa quanto variável. Assim, são analisados informações públicas e relatórios corporativos e é feita a atribuição de um score

Como as empresas estão aplicando os planos ESG? 

Seguindo a tendência de valorização dos critérios ESG, é possível destacar algumas empresas com atuação nacional, a exemplo da Renner e da Natura. 

A primeira adotou princípios de sustentabilidade desde 2013 e desenvolveu ações como atenção no desenvolvimento de produtos, no uso de energias renováveis e na relação com os fornecedores. Logo, a empresa de varejo investiu em uma estratégia de criação do selo “Re Moda Responsável”, que determina as condições e as práticas de sustentabilidade da marca, além de informar os consumidores e promover o consumo consciente. 

Por sua vez, a Natura estabelece iniciativas há mais de 20 anos com fornecedores locais da Amazônia, na tentativa de aliar a proteção ambiental aos avanços social e econômico. Desse modo, mais de 2 milhões de hectares de floresta foram conservados com essa ação. A empresa se apresenta como Carbono Neutro desde 2007 e tem o objetivo de ser “net zero” até 2030. Além disso, desde 2006, não realiza testes nem adquire matéria-prima que tenha sido testada em animais.

Como estabelecer um plano de ESG na sua corporação? 

Para começar, é importante pensar em um programa de trabalho, apostando em um plano com objetivos definidos. É possível utilizar o método SMART (específica, mensurável, realizável, relevante e temporal) na criação de metas, de modo a garantir um melhor direcionamento.  

Além disso, é interessante elaborar uma política de iniciativas ESG alinhadas com as missões e os valores da sua empresa. Também é necessário avaliar a dedicação em ao menos um ponto em cada uma das letras (ambiental, social e governança). 

Depois, é essencial analisar quais são as pessoas, os processos e os sistemas de gestão que podem ser empenhados em direção a esses resultados. Com isso, é possível organizar, de maneira eficaz, os recursos que serão aplicados.

Conheça as soluções da Apsis

É provável que a sua empresa já tenha colocado em prática ações ESG, mas ainda não sabe identificá-las. Em contrapartida, muitas corporações ainda estão começando a ampliar essas medidas com o objetivo de obter um ganho e diferenciais competitivos no mercado.   

A missão da Apsis é orientar com excelência os clientes em relação à melhor maneira de identificar, mensurar, gerir e otimizar os seus valores. Para saber se a sua empresa vale mais com ações ESG e começar a implementá-las com sucesso, entre em contato conosco!

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