Assembleia da Oi aprova novo conselho

A assembleia de acionistas da Oi acaba de aprovar o novo conselho de administração da companhia. A medida é parte da reestruturação societária, que deixa a empresa sem o bloco de controle que, desde a privatização, em 1997, determinava seus rumos.  

Os novos conselheiros, porém, ainda foram indicados pelos antigos representantes dos controladores. Pelo novo estatuto, apenas em 2017, quando acaba o mandato do novo conselho, os acionistas poderão eleger diretamente seus representantes. 

O novo conselho terá 11 membros: José Mauro Carneiro da Cunha, que era indicado pelo BNDES; Sérgio Quintella, que era indicado pela Andrade Gutierrez; e Rafael Mora, que era da cota da Pharol (antiga PT SGPS), permanecem no conselho, sendo que Quintella agora está na cota dos conselheiros independentes.

Mora permanece como um dos indicados da Pharol, que terá ainda outros dois conselheiros: Jorge Cardoso e Francisco Cary. Há ainda dois conselheiros independentes estrangeiros: Robin Bienenstock (ex-analista chefe da Sanford C. Bernstein) e Marten Pieters (ex-presidente da Vodafone Índia) e um segundo conselheiro independente brasileiro, Ricardo Malavazi, que foi da Petros. 

A Oi ainda não divulgou a lista completa dos conselheiros. O número de votos também está sendo contabilizado. 

Além de aprovar o novo conselho, os acionistas aprovaram a incorporação da Telemar Participações e a conversão das ações preferenciais em ordinárias. Para a conversão, porém, os acionistas terão 30 dias para manifestar o interesse em aderir. 

Desde 1997, quando a Oi foi privatizada, o bloco de controle teve várias formações, mas alguns acionistas se mantiveram desde o princípio, como a Andrade Gutierrez, o Grupo Jereissati e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na nova estrutura, os gestores da empresa não precisarão mais submeter as propostas aos controladores. As propostas serão encaminhadas diretamente ao conselho. Embora a reestruturação incorpore algumas exigências de governança, a companhia não pretende aderir, ainda, ao Novo Mercado. Segundo declarações anteriores do presidente da Oi, Bayard Gontijo, a intenção da empresa é migrar para o Novo Mercado, mas não agora. 

(Renata Batista | Valor) 

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