O Cade aprovou, sem restrições, o negócio em que a empresa norueguesa de fertilizantes Yara International pretende adquirir ativos brasileiros de fertilizantes da americana Bunge.
Anunciada em dezembro do ano passado, a operação é estimada em US$ 750 milhões. A compra envolve “praticamente todos os ativos relacionados ao negócio de fertilizantes do Bunge no Brasil, constituídos por unidades misturadoras localizadas em 22 localidades em todo o Brasil”, sendo 16 próprias e seis arrendadas, segundo informações enviadas pelas empresas ao Cade. Além disso, outros ativos como uma fábrica de fosfatados também serão adquiridos pela Yara.
“O único ativo utilizado no negócio de fertilizantes do grupo Bunge que não será transferido à Yara é o Termag, um terminal portuário utilizado para fertilizantes no porto de Santos”, completaram as companhias ao notificarem a operação ao órgão de defesa da concorrência.
O grupo Yara atua principalmente na produção e comercialização de fertilizantes, além de venda de amônia. Assim, reconhecem as companhias, o negócio gera uma maior concentração de mercado à norueguesa, mas sem “causar qualquer preocupação concorrencial, tendo em vista a alta rivalidade” no setor, alegaram.
O processo foi analisado pela nova lei de defesa da concorrência e agora, com o aval do Cade, as empresas poderão realizar a operação. O sinal verde foi dado em despacho da Superintendência-Geral do órgão publicado hoje no “Diário Oficial da União” e, portanto, o caso não precisará passar por julgamento em plenário do Cade.
(Thiago Resende | Valor)