Cemig paga R$650 mi por 49% da Brasil PCH que pertenciam à Petrobras

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A Petrobras fechou a venda de sua participação na Brasil PCH para a Cemig Geração e Transmissão, do grupo mineiro Cemig, por 650 milhões de reais, dentro do programa de desinvestimentos da estatal petrolífera.

O negócio, anunciado nesta sexta-feira primeiramente pela Petrobras e depois pela Cemig, envolve 49 por cento do capital votante da Brasil PCH, que opera 13 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) com capacidade instalada total de 291 megawatts (MW) e 194 MW médios de energia assegurada. As usinas estão localizadas no Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A conclusão do negócio depende de aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo a Cemig, a Brasil PCH é uma das principais sociedades independentes de geração elétrica a partir de fontes renováveis no país. A energia gerada pela companhia está vendida para a Eletrobras.

Os outros acionistas da Brasil PCH são a Eletroriver (21,56 por cento), a BSB Energética (14,70 por cento), a Araguaia Centrais Elétricas (12,74 por cento) e a Jobelpa (2 por cento).

Esses sócios têm direito de venda conjunta de suas participações em até 45 dias, conforme acordo de acionistas com a Petrobras na Brasil PCH. Assim, dependendo da adesão dos sócios, a Cemig pode desembolsar mais de 1 bilhão de reais na compra.

No fim de maio, o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Cemig, Fernando Henrique Schuffner Neto, afirmou que a companhia avaliava a compra de ativos no setor elétrico e que acreditava no anúncio de “um grande negócio” em junho.

REORGANIZAÇÃO PETROQUÍMICA

A Petrobras informou em comunicado separado que irá incorportar as subsidiárias petroquímicas Comperj Participações, Comperj Estirênicos, Comperj MEG e Comperj Poliolefinas, dentro do processo de simplificação da estrutura societária da companhia e reorganização do portfólio de participações petroquímicas.

A incorporação significará na consolidação dos ativos na companhia, resultando em “redução de custos de gestão, maior agilidade e alinhamento nas decisões do negócio, racionalização das atividades da companhia e simplificação de procedimentos na realocação de seus recursos de investimento”, informou a estatal.

Segundo a Petrobras, a operação não resultará em aumento de capital na companhia e nem em emissão de novas ações, já que as subsidiárias pertencem integralmente à estatal. As ações representativas das subsidiárias petroquímicas serão extintas.

(Anna Flávia Rochas | Reuters)

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