Controle da Oi segue com sócios brasileiros

A Portugal Telecom terá participação relevante nas decisões do Grupo Oi, mas o controle acionário da companhia continua nas mãos dos sócios brasileiros, afirmou Pedro Jereissati, principal executivo da La Fonte, acionista do bloco controlador da Oi. O executivo explicou que a Portugal Telecom (PT) terá voz ativa em assuntos como fusões, aquisições, novos aumentos de capital ou alterações de estatuto.

"Ainda permanece o grupo anterior à operação da PT e agora tem a chegada bem-vinda de um sócio com muito a contribuir", ressaltou hoje Jereissati, em teleconferência. Segundo ele, a Telemar Participações (TmarPart) segue com mais de 50% em grupo privado nacional, com AG Telecom, La Fonte e Fundação Atlântico de Seguridade Social (FASS).

O executivo frisou que o mais importante ao se falar em empresa nacional é verificar que a entrada da PT, uma sócia estratégica no setor, possibilita uma maior agressividade comercial do Grupo Oi. "Essa aliança torna possível a capitalização da companhia em um momento em que temos um mercado crescente e competitivo", afirmou.

Pelo desenho aprovado, a Portugal Telecom terá direito a indicar um diretor e membro do conselho de administração da TmarPart e dois conselheiros na sua controlada Tele Norte Leste Participações (TNL).

Call center

A integração entre as companhias de call center do grupo Oi e da Portugal Telecom tem como meta chegar à liderança mundial do setor. "Vamos fazer com que essa empresa se torne líder mundial em call center. Achamos que podemos atingir isso até o final do ano", afirmou Otávio Azevedo, o presidente da AG Telecom, uma das principais acionistas do bloco de controle da Oi.

Para alcançar a meta de liderança mundial, o executivo conta que o grupo está analisando outras operações potenciais. Segundo o executivo, as companhias perceberam as vantagens dessa integração durante as negociações para a entrada da PT no controle do grupo. A Contax, da Oi, irá incorporar a Dedic GPTI, empresa de call center portuguesa.

"Era uma evolução natural que (a operação) incluísse também esses ativos", explicou Azevedo. Para o executivo, o fato de os portugueses estarem mais focados nas operações no Brasil é importante para a Oi, que estreita suas relações com um parceiro de importância internacional.

(Mônica Ciarelli – Agencia Estado)

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