Dica de Valor: Veja 10 empresários que seguiram os passos dos pais no mundo dos negócios

Eliezer e Eike Batista

O bilionário Eike Batista contou com um reforço familiar para chegar ao oitavo lugar da lista de bilionários da Forbes: Eliezer Batista. O pai de Eike entrou na Vale do Rio Doce em 1948 e a presidiu duas vezes.

Os críticos de Eike Batista costumam dizer que uma parte da fortuna de Eike se explica pelo fato de ter herdado do pai segredos como a localização provável de reservas minerais. Eike, por sua vez, costuma comentar que o pai o manteve afastado da Vale. Atualmente Eliezer mantém um cargo na MMX, como presidente honorário do conselho.

Mendel e Benjamin Steinbruch

Benjamin Steinbruch começou a trabalhar na empresa do pai aos 18 anos como vendedor. Logo ele foi promovido a gerente e atingiu o posto de superintendente. Após a morte do pai, em 1994, Benjamin assumiu a condução estratégica do grupo.

Benjamin costumava acompanhar o pai em visitas à fábrica da Vicunha, em Americana. O empresário mantém o mesmo hábito de levar os filhos a algumas de suas viagens de negócios. Do tempo em que trabalhou com o pai, Benjamin é responsável por alguns bons negócios, como o uso de fibras sintéticas e novos tecidos.

Mendel Steinbruch, em associação com a família Rabinovich e Eliezer Steinbruch, fundou o grupo que hoje detém a tecelagem Vicunha e a Companhia Siderúrgica Nacional, uma das maiores fabricantes de aço do país – hoje presidida por Benjamin Steinbruch.

José, Joesley, Wesley e José Batista

José Batista Sobrinho iniciou o JBS em uma pequena planta de abate, em Anápolis (GO), em 1953. O açougue da família passou a crescer no final da década de 60, com a compra de pequenos abatedouros de gado no Centro-Oeste do País.

Cada filho já esteve à frente do grupo. José Batista Jr., o mais velho, foi presidente do JBS entre 1994 e 2006. Joesley Batista foi presidente até 2011 e é considerado o responsável pelo salto do JBS rumo à globalização. O irmão mais novo arquitetou a oferta pública de ações do JBS e também comprou a americana Swift, tornando o Friboi a maior empresa de carne bovina do mundo. Wesley Batista está no comando desde 2011.

Celso Ricardo de Moraes e Renata Vichi

Celso Ricardo de Moraes é o controlador do grupo CRM, que, entre outras empresas, é dono da Kopenhagen. Moraes era dono do laboratório Virtus, que havia pertencido a seu pai. Ele entrou na empresa ao comprar uma participação de 50% no laboratório.

Em 1996, Moraes comprou a Kopenhagen e manteve os dois negócios durante dois anos. Sob a influência da filha, o empresário vendeu o laboratório e resolveu investir apenas no chocolate. Atualmente, Renata Vichi é vice-presidente do grupo CRM.

Valentim e Abilio Diniz

Abilio Diniz ajudou o pai, Valentim dos Santos Diniz, a construir o Pão de Açúcar e também a tirar a empresa do endividamento. Diante da dívida da empresa na década de 80, Valentim distribuiu entre os filhos 38% das ações da empresa de acordo com a produtividade de cada um – Abilio ficou com 16% dos papéis.

A divisão do pai deu origem a uma briga familiar, mas Abilio seguiu à frente dos negócios. Em 1990, o empresário assumiu a presidência da empresa e mantém até hoje o controle do Grupo.

Samuel e Michael Klein

A Casas Bahia surgiu da venda de roupas de cama, mesa e banho que Samuel Klein fazia com uma charrete em São Caetano do Sul. Aos 18 anos, seu filho Michael começou a trabalhar na empresa.

Em 2005, Michael e o irmão Saul passaram a dividir o comando da empresa. Mas os irmãos protagonizaram uma disputa familiar na empresa. Michael comprou a parte do irmão no negócio e assumiu o comando da rede.

Arthur e Gisela Mac Laren

Gisela Mac Laren começou a frequentar o estaleiro da família quando tinha 15 anos. Sua primeira função foi a de escriturária. Seis anos depois, ela abandonou o curso de Economia nos Estados Unidos para ajudar o pai, Arthur Mc Laren, a reerguer o estaleiro.

Em 2000, quando o pai se aposentou, Gisela assumiu a presidência. Hoje, a empresa disputa contratos bilionários, como a construção de plataformas para a Petrobras.

José Nelson e Adriano Schincariol

Adriano Schincariol está à frente do negócio fundado por seu avó – numa época em que a fábrica de Itu fundada por Primo Schincariol vendia groselha e tubaína (a itubaína) e nem fabricava cerveja. Quem modernizou a unidade e passou a fabricar a bebida foram José Nelson e Gilberto Schincariol, filhos de Primo.

José Nelson havia começado a trabalhar na fábrica aos 13 anos, limpando rótulos de garrafa para o pai. Já Adriano, começou com 17, no departamento de compras, e passou por estágios em todas as áreas. José Nelson estava à frente do negócio quando foi assassinado e Adriano assumiu o comando – depois a direção passou para um executivo de fora da família, mas Adriano ainda retomou a colocação.

Olavo e Roberto Setubal

Roberto, o quarto entre sete filhos, formou-se em Engenharia na Politécnica da USP – a mesma faculdade cursada por seu pai, Olavo Setubal. Anos depois, foi substituí-lo na linha de frente do banco Itaú.

Olavo Setubal entrou no então Banco Federal de Crédito convidado por seu tio, Alfredo Egydio de Souza Aranha. Ele trocou o banco duas vezes: pela prefeitura de São Paulo e pelo Ministério das Relações Exteriores. Em 1994, quando o banco já se chamava Itaú, Roberto Setubal assumiu o comando da empresa.

Em 2008, o Itaú e o Unibanco uniram suas operações. Atualmente, Roberto Setubal é diretor presidente do Itaú Unibanco.

Norberto, Emílio e Marcelo Odebrecht

Norberto Odebrecht começou a trabalhar no setor de construção civil em 1941, ao assumir os negócios do pai – a Emílio Odebrecht & Cia.

Três anos depois, Norberto criou uma empresa própria, a Odebrechet S.A. Na virada da década de 1980 para 1990, Emílio Odebrecht sucedeu ao pai na presidência da holding.  Ele permaneceu à frente da organização por dez anos, até Pedro Novis assumir o comando, em 2001 – e passá-lo a Marcelo Odebrecht, em 2008.

(Beatriz Olivon | Exame.com)  

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