Dinheiro reservado para EDP pode ir para aquisições, diz Eletrobras

O presidente da Eletrobras, José da Costa, afirmou que os 520 milhões de euros que a empresa aplicaria do próprio caixa para a compra de 21,35% da portuguesa EDP podem ser aplicados na aquisição de outras companhias no Brasil e no exterior, ou direcionados para os investimentos previstos pela estatal este ano, que somam R$ 13 bilhões.
 
De acordo com Costa, estão sendo avaliadas oportunidades de negócio em países das Américas do Sul e Central e na África.
 
“O mais importante é que, se surgirem outras oportunidades, contaremos com o apoio do BNDES”, disse Costa.
 
O total da oferta feita pela Eletrobras para compra da fatia da EDP era de 2,6 bilhões de euros, dos quais 80% viriam em forma de recursos oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
 
O executivo explicou ainda que a Eletrobras deverá concluir até o meio deste ano o processo de aquisição do controle da distribuidora goiana de energia Celg. Na sexta-feira, a empresa informou ao mercado que assumirá a gestão executiva da Celg Distribuição, como parte do plano de recuperação financeira da companhia goiana. O controle acionário será obtido por meio de uma opção de compra de 51% das ações ordinárias da distribuidora.
 
“Temos um entendimento positivo. Será uma nova Celg, com capacidade de investimento. Esse será um bom negócio para a Eletrobras e para o governo estadual”, disse Costa. “O Estado de Goiás cresce muito forte e precisa de uma empresa que acompanhe esse crescimento”, acrescentou.
 
O presidente da estatal afirmou ainda que o governo federal costura acordo com o governo do Amapá para que a Eletrobras tenha participação da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), fatia que, segundo ele, pode chegar a 80%.
 
“Vamos tentar reproduzir um modelo [de negociação] vitorioso feito em Goiás”, frisou Costa.
 
(Diogo Martins | Valor)

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