Dois consórcios apresentam propostas para privatização do Maracanã

Dois consórcios se inscreveram, na manhã de hoje, na licitação para administrar o estádio do Marcanã, no Rio. O Maracanã SA, formado pela IMX Venues e Arenas, de Eike Batista, Odebrecht Participaçõees e AEG Administração de Estádios, e o Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro, formado pela OAS Construtora, Lagardere Unlimited e Estadio Amsterdan Arena

A cerimônia da licitação foi marcada por confusão.

Além da disputa judicial, que quase impediu a realização do processo, centenas de manifestantes protestaram desde as primeiras horas da manhã em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, onde se realizava o evento. Mais tarde, o deputado Marcelo Freixo (PSOL) interrompeu a cerimônia também para protestar contra a privatização do Maracanã. A abertura dos envelopes aconteceu com quase duas horas de atraso.

Mesmo assim, o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, mostrou-se satisfeito com o resultado da abertura dos envelopes para a licitação do Maracanã. “Dois consórcios fortes com capacidade de administrar a arena. Qualquer uma das duas que vença, está bom para o Estado”, afirmou. Fichtner explicou que, a partir de agora, a comissão vai se reunir para analisar as propostas tecnicamente. Ainda não há data prevista para o anúncio do vencedor.

Quanto à disputa judicial em relação à realização da abertura de envelopes, o secretário explicou que é prerrogativa do Estado recorrer ao presidente do Tribunal em função da importância do processo. “Não foi dado ao Estado o direito de oitiva. Por isso, fomos à presidência do tribunal”, explicou Fichtner.

Freixo disse que entrará na Justiça para declarar o processo ilegal já que o auditório foi fechado aos manifestantes. “Havia mais de cem pessoas lá fora que não puderam entrar. O edital e a licitação são processo públicos e as pessoas não poderiam ter sido barradas”, afirmou.

(Paola Moura e Luciana Bruno | Valor)

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