SÃO PAULO – Apostando no rápido crescimento do Brasil nos próximos anos, a Ernst & Young e a Terco juntaram forças e, a partir de 1º de outubro, passam a atender pelo nome Ernst & Young Terco.
Aliadas, as empresas esperam crescer mais de 20% ao ano, aproveitando as oportunidades que deverão ser criadas pela Copa do Mundo de 2014, pelas Olimpíadas de 2016 e pelo pré-sal.
"Vimos na Terco a chance de incrementar nossos negócios em middle market. O empreendedorismo terá um papel muito importante no Brasil nos próximos anos", diz Jorge Menegassi, presidente da Ernst & Young Brasil, que assumirá o comando da nova companhia.
A Terco, por sua vez, desfez a parceria que mantinha com a Grant Thornton para se unir a um grupo com maior representatividade no exterior. "Chegamos a um ponto em que precisávamos de um parceiro maior e mais forte, com uma estrutura internacional mais atuante", afirma Mauro Terepins, presidente da Terco, que ocupará a vice-presidência de Mercado da nova empresa.
Evitando comentar a estratégia global da Ernst & Young, Menegassi apenas revela que a companhia tem por política desenvolver planos locais, com o objetivo de conquistar a liderança dos mercados nos quais atua. "No Brasil, optamos por unir a experiência global da Ernst & Young à experiência de middle market da Terco. Mas isso não significa que o grupo adotará o mesmo modelo em todos os países emergentes", explica.
A Ernst & Young Terco terá 3.400 clientes e 3.500 colaboradores distribuídos em 11 cidades do Brasil. A reestruturação das operações das duas companhias, de acordo com os executivos, não provocará demissões. "Pelo contrário, estamos com 200 vagas abertas", ressalta Menegassi.
Ao se fundirem, as empresas passarão a ocupar a vice-liderança do ranking da Bovespa de auditores independente, atendendo a 94 companhias abertas. O primeiro lugar permanece com a KPMG, que conta com 99 empresas de capital aberto em sua carteira de clientes.
(Francine De Lorenzo | Valor)