Montadora concluiu pacote para o projeto de construção de seu complexo fabril em Pernambuco, maior investimento da companhia no mundo.
A Fiat concluiu pacote de financiamento de cerca de 5,3 bilhões de reais para o projeto de construção de seu complexo fabril em Pernambuco, o maior investimento sendo realizado pela companhia italiana no mundo.
Nesta quinta-feira, resolução da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) foi publicada no Diário Oficial da União aprovando recursos de até 1,959 bilhão de reais para as fábricas de carros e de motores que a Fiat está construindo em Goiana (PE).
A fábrica de veículos, com capacidade para 250 mil unidades, deverá ficar pronta no final de 2014, com início de produção comercial em 2015. O complexo fabril contará ainda com pistas de testes de veículos e parque de fornecedores.
Os recursos da Sudene virão por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Além deles, a Fiat já havia obtido linhas de financiamento de 2,4 bilhões de reais junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de cerca de 900 milhões de reais junto ao Banco de Desenvolvimento do Nordeste (BNB).
O complexo fabril deve consumir recursos de 4,5 bilhões de reais, incluindo as fábricas de veículos e de motores, o restante dos recursos deverá ser utilizado no “desenvolvimento de produtos”, afirmou a Fiat.
A fábrica de automóveis da Fiat em Pernambuco será a segunda da montadora no Brasil. A empresa tem um complexo fabril em Betim (MG), o maior do grupo Fiat Chrysler no mundo, que está tendo sua capacidade ampliada de 800 mil para 950 mil veículos por ano.
O investimento da montadora italiana, líder em vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil, ocorre em um momento em que as vendas de veículos do país caminham para bater um sétimo recorde consecutivo em 2013, para entre 3,93 milhões a 3,97 milhões de unidades, segundo a associação de montadoras, Anfavea.
A aposta em aumento de capacidade também acontece em meio a um novo regime automotivo aprovado pelo governo que obriga empresas a investirem mais em produção e desenvolvimento no Brasil e à intensa competição entre marcas tradicionais do mercado e novos entrantes como a Hyundai.
Na véspera, a montadora sul-coreana, que superou a Renault na quinta posição do ranking de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves no acumulado do ano até a primeira metade de maio, fechou acordo com trabalhadores para implantar um terceiro turno de produção em sua fábrica recém construída em Piracicaba (SP).
(Exame)