Fusões e aquisições perdem espaço como expansão de negócios no Brasil

As fusões e aquisições perdem espaço para o financiamento bancário e o investimento na compra de participações em empresas (private equity) como forma de expandir os negócios no Brasil, segundo dados da pesquisa International Business Report 2013, realizada pela consultoria global Grant Thornton International.

No Brasil, 26% dos executivos consultados esperam crescer por meio de fusões e aquisições de 2013 a 2015, ante 40% em 2012. No mundo, 28% dos empresários ouvidos estimam unir seus negócios a outros nomes do setor em igual período.

A pesquisa foi realizada com 12,5 mil pessoas de 44 países. No Brasil, 300 empresas foram consultadas.

Das companhias brasileiras que integraram o levantamento, 47% esperam reforçar o negócio com aportes de private equity e 48% por meio de financiamento bancário nos próximos três anos. No mercado internacional, a preferência é pela utilização de lucros retidos (62%), seguida por financiamento bancário (48%) e private equity (18%).

Paulo Sérgio Dortas, sócio da Grant Thornton Brasil, espera que a indústria de private equity cresça em investimentos em 2013, ao ser vista como uma alternativa para a escassez de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês).

As principais razões para empresas brasileiras aderirem à fusões e aquisições são o acesso geográfico a novos mercados (67%) e a aquisição de novas tecnologias ou de marcas já estabelecidas (62%), segundo a pesquisa. Para 29% dos empresários locais, os compradores devem ser membros da própria família. Por isso, mesmo entre aqueles que esperam realizar fusões e aquisições, 74% não acreditam em uma troca de controle entre 2013 e 2015.

Entre os países que mais esperam realizar fusões e aquisições estão a Geórgia (66%), a Holanda (55%) e o Peru (54%). Na contramão, aparecem Estônia (6%), Taiwan (9%) e Japão (10%).

(Tatiane Bortolozi | Valor)

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