Galp define bancos para operação de US$ 3 bilhões no Brasil

A companhia portuguesa de petróleo Galp Energia contratou os bancos Bank of America Merrill Lynch, JPMorgan e UBS para ajudá-la a levantar US$ 3 bilhões (R$ 4,77 bilhões) na venda de fatia de sua unidade brasileira, disseram pessoas familiarizadas com o assunto nesta terça-feira.

A Galp planeja levantar pelo menos 2 bilhões de euros (US$ 2,95 bilhões) para ajudar a financiar sua parte no desenvolvimento dos grandes campos de petróleo do pré-sal no Brasil.

Para qualquer comprador, devem ser ofertadas novas ações representando ao menos 20% da subsidiária brasileira, disseram pessoas próximas da situação.

A Galp anunciou seus planos para levantar fundos pela primeira vez em março. Na sexta-feira passada, o presidente executivo da companhia, Manuel Ferreira de Oliveira, disse a analistas que a Galp esperava fechar um acordo com três bancos até o final do terceiro trimestre e havia contratado três bancos, sem mencionar nomes.

Ferreira de Oliveira disse que inúmeros potenciais compradores mostraram "interesse considerável" e a Galp estava pronta para trabalhar "tanto com investidores financeiros especializados como entidades corportativas."

A Galp, Bank of America, JPMorgan e o UBS, todos declinaram comentar o assunto.

Um eventual acordo pode se assemelhar à venda de fatia de 40% da divisão brasileira da Repsol por 7 bilhões de dólares à Sinopec, da China.

Na sexta-feira, o jornal português Diário Econômico informou que a Sinopec e outros interessados chineses PetroChina e CNOOC estão interessados em comprar uma fatia.

O jornal disse que a Cepsa, a refinadora de petróleo espanhola apoiada pela International Petroleum Investment Company (Ipic, na sigla em inglês), de Abu Dhabi, também estava interessada nos ativos da Galp. Ipic está buscando controle total da Cepsa.

A Galp é parceira minoritária com a estatal Petrobras em importantes descobertas em áreas marítimas do Brasil, incluindo o vasto campo de Lula, Cernambi e Iara.

Analistas têm questionado sobre a habilidade da Galp de financiar sua parte nos projetos, que requerem extração do petróleo em áreas com até 7 mil metros de profundidade abaixo da superfície oceânica.

(Reuters)

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