Hotéis no Brasil devem ser os mais rentáveis da AL

Os hotéis no Brasil têm a melhor perspectiva de rentabilidade na América Latina, no período de até dois anos. A conclusão é de uma pesquisa inédita da consultoria Jones Lang LaSalle Hotels entre os 500 maiores investidores latino-americanos do setor, realizada entre os dias 29 de março e 2 de abril. O levantamento também mostra que as cidades brasileiras, com população entre 3 milhões e 6 milhões de habitantes, incluindo as regiões metropolitanas, são as que mais deverão atrair investimentos na região.
 
"O resultado da pesquisa mostra o poder da economia brasileira, com o crescimento da classe média que frequenta hotéis e o aumento dos negócios das empresas", afirma Ricardo Mader, vice-presidente executivo da Jones Lang LaSalle Hotels para a América do Sul.
 
O levantamento da perspectiva de rentabilidade dos hotéis na América Latina levou em conta uma pontuação que varia de menos 100 a até mais 100. Por esse critério, os empreendimentos no Brasil receberam a maior nota no período de até seis meses, com cerca de 70 pontos. O país também obteve a maior média no prazo de até dois anos, em torno de 85 pontos. O retorno dos hotéis é medido pela média entre taxa de ocupação e diária média, ou "revpar", no jargão do setor.
 
Os hotéis da Colômbia tiveram a segunda maior pontuação na perspectiva de rentabilidade em seis meses, com 60 pontos. Os hotéis do México registraram a segunda melhor nota de retorno em até dois anos, com 75 pontos.
 
Os investidores latino-americanos também mostraram seus alvos de investimentos na região. Os resultados, em percentuais, mostram que capitais brasileiras com 3 milhões a 6 milhões de habitantes (incluindo suas regiões metropolitanas), lideraram a intenção de construção de empreendimentos, com índice de pouco mais de 80%. Entram nesse perfil cidades como Recife, Porto Alegre, Manaus e Curitiba, segundo Mader. Em segundo lugar ficou Cartagena, seguida por Bogotá, ambas na Colômbia.
 
A Cidade do México ficou na frente na intenção de comprar hotéis já existentes, com quase 60% das respostas. Em segundo veio a Cidade do Panamá, seguida pelo Rio de Janeiro.
 
A pesquisa também apontou as principais dificuldades da hotelaria na América Latina. No Brasil, os principais empecilhos foram a falta de financiamentos e de parceiros investidores confiáveis.

(Valor)

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