Johnson & Johnson estuda construir nova fábrica no país

RIO – A Johnson & Johnson está avaliando a construção de uma nova fábrica e de um centro de distribuição no Brasil. Com o objetivo de dobrar seu tamanho no país em cinco anos, a multinacional – dona de marcas como Sundown, o.b., BandAid e Cotonete, entre outras – está ampliando a sua atual capacidade de produção para os absorventes femininos e os produtos líquidos, que reúnem, entre outros itens, xampus, loções hidratantes e anti-sépticos bucais, informa reportagem de Bruno Rosa.

A empresa tem pressa. Somente entre janeiro e abril, as vendas aumentaram cerca de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, número 10% maior que a expectativa inicial. Em conversa com o GLOBO, Maria Eduarda Kertesz, nova presidente da companhia, que assumiu o posto há pouco menos de dois meses, detalha as novidades da companhia para os próximos meses. Para junho, promete novidades de olho na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos.

– O Brasil (na área de produtos de consumo) é a segunda maior operação, depois dos EUA. Vamos investir para suportar um crescimento maior no futuro. Por enquanto, concentramos tudo (as unidades fabris) em São José dos Campos (São Paulo). Sempre estamos avaliando onde seria melhor colocar uma nova fábrica ou um centro de distribuição. Com o nosso crescimento, pode ser que precisemos colocar um novo centro de distribuição em algum outro estado. Estamos em uma fase de planejamento estratégico, identificando o que é preciso – diz Maria Eduarda.

Sundown vai ganhar embalagens sustentáveis

Entre os produtos, mais novidades. Maria Eduarda, ou Duda, como é chamada na companhia, antecipa que o Sundown, protetor solar mais vendido no Brasil, vai ganhar, para o próximo verão, embalagens com plástico verde, feitas a partir da cana de açúcar.

– É um projeto bacana. Vamos mudar a embalagem inteira. Recentemente, lançamos a escova de dente eco, com o cabo de material reciclável, com o preço mais baixo. É ecológico e econômico. Com o BandAid, diminuímos o cartucho e o plástico, para reduzir o impacto ambiental – exemplifica Duda.

Em 2010, a empresa faturou US$ 1,2 bilhão, alta de 12% em relação ao ano anterior – com oito das 11 principais marcas ganhando mercado. Hoje, o país ostenta prestígio na multinacional. O BandAid, por exemplo, vendido em todo o mundo, é produzido no Brasil.

– Os profissionais brasileiros têm um preparo, devido ao período inflacionário, o que deu uma flexibilidade forçada. É como se fosse um MBA na vida real. Os EUA não mexiam em preço há anos. E há dois anos, devido à inflação de custo, (o preço) começou a pressionar. E eles não sabiam o que fazer – destaca Duda.

(O Globo)

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