Locação comercial: preço de escritórios permanece estável em SP

As locações de escritórios em São Paulo, especificamente no que diz respeito ao preço dos imóveis comerciais, se mantiveram estáveis no segundo trimestre do ano. Contudo, a média de valores praticados na capital paulista, que costuma girar em torno de R$ 130 o metro quadrado por mês, não deverá permanecer estável por muito tempo. Ao menos é isto que demonstram os dados da CB Richard Ellis.

Segundo o relatório trimestral Market View, divulgado na terça-feira (16) pela consultoria imobiliária, a tendência é que os valores se mantenham em alta, uma vez que os preços se estabilizaram, em função da adição de um novo estoque que ainda permanece temporariamente vago, mas que logo deverá ser absorvido pelo mercado.

“O recente aumento dos preços de locação, influenciado pela baixíssima oferta de edifícios de alto padrão, deverá seguir como tendência, mesmo ao vislumbrarmos um cenário com um volume maior de novos espaços, uma vez que a demanda permanece acelerada”, informa a CB Richards Ellis.

De acordo com o levantamento, a expansão se dará em direção à Zona Sul, mais precisamente nas proximidades da Marginal, onde uma alta de preços será aguardada a partir do momento que novos edifícios de alto padrão integrarem o cenário das locações.

Padrão AA

A limitada oferta de espaços de alto padrão, combinada à forte demanda por espaços classe A, resultou no aumento da construção de novos edifícios de maior qualidade técnica em 2011, segundo o estudo. Para se ter uma ideia, aproximadamente 70% das entregas feitas nos últimos seis meses pertencem ao padrão A ou superior.

Além disso, o volume entregue neste ano mais do que dobrou o total adicionado ao mercado no mesmo período do ano anterior.

Com isso, compreender a estabilização de preços do período ficou mais fácil, afinal, com o aumento de empreendimentos, o número de ofertas de espaços disponíveis no mercado também cresceu.

Berrini e Faria Lima

Ao contrário do resultado observado no primeiro trimestre, quando o novo estoque foi inaugurado em áreas mais afastadas dos mercados tradicionais, a entrega de espaços no segundo trimestre se concentrou em áreas de maior demanda, como a Berrini e Faria Lima – o fato aumentou o interesse de grandes empresas nacionais e estrangeiras em tais regiões.

“No primeiro semestre, o total de espaços classe A adicionado ao mercado totalizou 64.600 m2, sendo os novos produtos responsáveis por 70% das entregas no acumulado do ano. Ao ultrapassar a demanda refletida pelo resultado da absorção líquida em 20%, o novo estoque diminuiu a pressão sobre a alta de preços de 2011”, informa o estudo.

Taxa de vacância

Os edifícios classe A também se destacaram no segundo trimestre, ao registrar um aumento de 42% na absorção líquida, na comparação com o início do ano. Apesar da maior absorção, a taxa de vacância (relação entre o volume de imóveis disponíveis e o volume total existente) dos edifícios de alto padrão aumentou para 5% no último trimestre, por conta dos novos estoques.

Outra sub-região que também registrou um significativo marco em sua história foi a dos Jardins. Na área em questão, a taxa de vacância atingiu o menor índice histórico, de 1,5%. De acordo com o estudo, o resultado é uma consequência da absorção líquida observada no período, que passou para 27%.

Um menor resultado histórico também pode ser observado na Marginal, onde, apesar do aumento da taxa de vacância, o índice atual permaneceu em 5,9%.

(InfoMoney)
 

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