APC investe R$ 50 milhões em hospital no Paraná

A Associação Paranaense de Cultura (APC), mantenedora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, está investindo R$ 50 milhões na construção de um novo hospital em Curitiba, o Marcelino Champagnat, que deve ser inaugurado em outubro de 2011. Com ele, a instituição pretende atrair clientes de mais alta renda, que hoje buscam tratamentos de alta complexidade em cidades maiores, como São Paulo, e tentar inibir a chegada de concorrentes nacionais na cidade.

"O mercado de Curitiba é carente de hospitais de referência, com tecnologia e serviços avançados", diz Marco Cândido, superintendente da APC, que possui um braço na área de saúde, a Aliança Saúde, responsável pela administração na capital paranaense do Hospital Universitário Cajuru e da Santa Casa.

Cândido lembra que havia a intenção de usar R$ 15 milhões para ampliar o Cajuru, voltado ao atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas venceu a opção de usar o terreno ao lado do Cajuru para a construção de um novo hospital, focado em atendimento particular e de convênios, e os recursos foram ampliados.

Ele vai tentar obter R$ 20 milhões em financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas garante que há fluxo de caixa suficiente para o projeto. E planeja destinar R$ 3 milhões em 2011 e 2012 para reformas no Cajuru. A APC deve investir R$ 70 milhões em 2010, sendo R$ 21 milhões na área de saúde.

O Marcelino Champagnat será lançado na próxima semana, em jantar com médicos. O complexo terá 27 mil metros quadrados e um prédio com 10 andares, com 72 consultórios, 7 salas cirúrgicas, 118 leitos (sendo 31 unidades de terapia intensiva), um centro de diagnósticos e um pronto atendimento. Será um hospital para adultos, com ênfase em ortopedia, cardiologia e neurologia.

De acordo com Cândido, depois de anos de prejuízo, a área de saúde da APC deve fechar 2010 com superávit. Ele observa que o modelo do Marcelino Champagnat permite que o equilíbrio entre despesas e receitas possa ser atingido no prazo de um ano.

O novo hospital terá como diretor o chileno Cláudio Lubascher, administrador que vive há 28 anos no Brasil e que há dois anos comanda o Cajuru. Ele contou que está buscando a certificação internacional JCI (Joint Commission International), uma das mais importantes do setor de hospitais.

(Marli Lima | Valor)

 

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