APSIS participa de debate internacional sobre regulamentação da avaliação de empresas

A APSIS formou um grupo de estudo para discutir o papel do avaliador de empresas no âmbito internacional. A organização que lidera o debate é o International Valuation Professional Board (www.ivsc.org). O IVPB é sediado em Londres e lançou um discussion paper sobre o assunto.

Crise, gatilho de regulação

Depois da crise financeira deflagrada em 2008, aumenta a busca para aperfeiçoar as metodologias de avaliação. Historicamente, observamos que em momentos pós-crise, novas regulações são propostas e instituições são criadas. Um exemplo é o surgimento da USPAP (Uniform Standards of Professional Appraisal Practice) a reboque da crise dos anos 80, considerada o controle de qualidade aplicável a avaliações industriais, imobiliárias e de negócios e ativos intangíveis em todo o território americano e canadense.

Falta  ainda  regulação específica no Brasil

Em especial, desde a implantação do IFRS em 2010, nós, os avaliadores, temos nos  deparado com o desafio de normatizar os processos de avaliação. Desde a mudança da lei das S.A. em 2001, quando foi introduzido o valor do conceito econômico, o avaliador deixou de ser um coadjuvante que entrava na fase posterior à operação.  Antes o avaliador era chamado depois das operações.  Hoje na APSIS  somos constantemente chamados para participar de operações de fusões e aquisições de empresas. Os números precisam ser mais transparentes para o mercado.

Na falta de uma norma brasileira para avaliação de negócios, o risco é a empresa se deparar com avaliadores de diferentes metodologias.  Para contornar este problema, a APSIS segue o USPAP (Uniform Standard of Professional Apraisal Practice) desde 2000 e está constantemente engajada em iniciativas de instituições como a do IVPB. Mas o ideal é que o assunto seja tratado internamente no Brasil e que uma instituição lidere o processo de regulamentação e posterior certificação.

Segundo Ana Cristina França, sócia-diretora da APSIS, o que complica no caso brasileiro é que ainda não existe uma instituição para implantar as normas locais (já adequadas ao IFRS) e regular as empresas especializadas em avaliação de negócios, como é o caso da IVSC. “Acreditamos que com as novas demandas de valor justo do IFRS, o mercado de capitais cobrará maior responsabilidade e transparência dos avaliadores, o que é ótimo para o amadurecimento deste mercado de consultoria.”

Notícia que originou o artigo:

The International Valuation Professional Board (IVPB) of the International Valuation Standards Council (IVSC) has released two documents for consultation: a Discussion Paper – ‘Definition of a Professional Valuer’; and an Exposure Draft – ‘Proposed Code of Ethics for Professional Valuers’.
 
The first document is published with a view to enhancing the public’s awareness of the valuation profession and the desired attributes of a professional valuer, whilst the second addresses the ethical responsibilities of professional valuers.

Introducing the two documents, IVPB chairman Brad Wagar said:
 
"Subsequent to the global financial crisis, change is likely to be more frequent and more complex than ever before.  Therefore, it is particularly timely for the International Valuation Professional Board to be defining the “Professional Valuer”.  It is our intention that this Discussion Paper, along with the companion Code of Ethics Exposure Draft, will afford both valuers and non-valuers the opportunity to shape the expectations for the future of the global valuation profession. We look forward to receiving your feedback."
 
The documents are available on the IVSC website (www.ivsc.org). Comments are invited by 30th September 2010.

 

 

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