Casas Bahia e Ponto Frio voltam a abrir lojas após fusão

Raphael Klein, herdeiro da Casas Bahia, enxerga mais oportunidades com a marca Ponto Frio; rede apertou crédito aos clientes.

A Globex, holding que controla as varejistas Casas Bahia e Ponto Frio, voltou a abrir lojas no primeiro semestre com as duas bandeiras, cuja fusão completou 12 meses. A Globex é controlada pelo Grupo Pão de Açúcar.

Em teleconferência com analistas de investimentos realizada pela manhã, Raphael Klein, presidente da Globex, afirmou que foram inauguradas 12 lojas no primeiro semestre, três com a marca Ponto frio e nove com a bandeira Casas Bahia, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

Raphael Klein é neto de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, que agora é sócia da Globex.

Segundo Klein, a retomada da abertura de lojas é um passo importante para a varejista, que volta a recuperar mercado. As lojas inauguradas representam um crescimento 1% na área de vendas da companhia.

Klein afirmou aos analistas que enxerga mais “oportunidades” com a marca Ponto Frio. A marca Casas Bahia, segundo ele, já está mais “consolidada”.

No segundo trimestre de 2011, as vendas brutas da companhia, que incluem as lojas do Ponto Frio, Casas Bahia e as operações da Nova Pontocom, braço de internet do grupo, totalizaram R$ 5,7 bilhões. No mesmo período, as vendas líquidas atingiram R$ 5 bilhões.

No conceito ‘mesmas lojas’, que considera apenas as lojas existentes em igual período do ano anterior, as vendas brutas e líquidas cresceram, respectivamente, 14,1% e 17,6% no segundo trimestre.

Aperto no crédito aos consumidores

A Globex decidiu ser mais conservadora na concessão de crédito e reduziu as vendas de produtos com parcelamentos sem juros. Essa forma de pagamento já representa hoje menos de 50% das vendas, disse Hugo Bethlem, diretor de relações com investidores do Grupo Pão de Açúcar. A varejista diminuiu ainda em 1 mês meio o prazo médio de recebimento das vendas parceladas, o que permitiu que companhia reduzisse sua necessidade de capital de giro.

Em contrapartida, a varejista conseguiu ampliar as vendas parceladas com juros, sem perder mercado para os concorrentes, disse Bethlem.

Questionado sobre o comportamento da inadimplência, Bethlem afirmou que houve uma piora nos indicadores, mas que ela não é nem relevante nem preocupante neste momento.

(Claudia Faccchini l iG)

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