Fusões e aquisições entre empresas no Brasil a patamar recorde

O ritmo de fusões e aquisições de empresas no Brasil voltou a acelerar desde dezembro passado, assumindo uma proporção inédita no país e evidenciando os bons ventos da economia, como mostra matéria de Gustavo Paul, publicada na edição do GLOBO desta terça-feira. Entre dezembro e fevereiro, foram protocolados na Secretaria de Assuntos Econômicos (Seae) do Ministério da Fazenda 161 pedidos de avaliação desse tipo de negócio, a um média de 53,6 ao mês. Esse desempenho ultrapassa a média de 2008 – que alcançou 51,2 ao mês -, ano que registrou o recorde de fusões e aquisições.
Foram 70 processos em dezembro e 61 em janeiro, por exemplo, todos de grande porte, com faturamento acima de R$ 400 milhões ou detendo mais de 20% do mercado local. Os números mostram uma reversão da tendência de 2009, quando a Seae registrou uma queda de 23,4% no número de pedidos protocolados em relação a 2008.
Negócios mostram otimismo com a economia
Em 2009, foram 471 pedidos contra 615 no ano anterior. Segundo o secretario de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique da Silveira, essa queda reflete a crise econômica internacional, que levou a uma escassez de crédito no mercado financeiro:
– Faltaram recursos para financiar esses negócios, que exige financiamento pesado. O mercado secou. Nenhuma dessas fusões e aquisições é feita com recursos próprios.
Ele ressalta que 2009 teve dois momentos. No primeiro semestre, a média de negócios foi de 35 ao mês. Já entre julho e dezembro, essa média mensal pulou para 43,5, seguindo a onda da retomada da economia.

(Globo)

 
 
 

 

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