Índice de inflação que reajusta aluguel perde fôlego em outubro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,53% em outubro, o que representa desaceleração em relação ao avanço de 0,65% registrado em setembro. Em 12 meses encerrados em outubro, o indicador acumula alta de 6,95%, e no ano a taxa acumulada é de 4,70%.

Dos três componentes do índice, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), dois apresentaram desaceleração de preços, e um registrou aceleração entre setembro e outubro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) aumentou 0,68%, após alta de 0,74% em setembro, e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,26%, valor menor que o 0,59% apurado em setembro. Em outro sentido, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro, variação de 0,20%, acima do resultado de setembro, de 0,14%.

No IPA, o indicador referente aos produtos industriais subiu 0,91% em outubro, valor duas vezes maior que o 0,45% de aumento verificado em setembro. No ano os produtos industriais somam alta de 4,64% e em 12 meses encerrados em outubro o avanço é de 5,75%. Já os preços dos produtos agropecuários ficaram praticamente estáveis em outubro, ao subirem 0,04%, após forte avanço de 1,57% em setembro. No ano o indicador acumula avanço de 3,37% e em 12 meses encerrados em outubro os produtos agropecuários somam alta de 10,24%.

Ainda no IPA, o índice relativo aos bens finais registrou queda de 0,05% em outubro, revertendo elevação de 0,31% em setembro. Contribuiu para esta desaceleração o subgrupo alimentos processados, que foi de alta de 0,82% para aumento de 0,35% no intervalo.

O índice referente ao grupo bens intermediários aumentou 0,92%, valor maior que o 0,13% registra em setembro. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura passou de 0,11% para 0,75% neste intervalo. No estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas avançou 1,18%, em outubro, apresentando desaceleração em relação ao aumento de 2,04% um mês antes. Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo foram os itens: soja em grão, que passou de aumento de 5,92% para queda de 1,83%, café em grão, que foi de avanço de 10,58% para 1,64%, e aves, que foi de alta de 1,95% para recuo de 1,08%.

No IPC, quatro dos sete grupos que compõem o índice registraram decréscimo em suas taxas de variação entre setembro e outubro, com destaque para alimentação, que passou de alta de 0,95% para recuo de 0,09%. Os itens que mais influenciaram este movimento foram: frutas, que foi de aumento de 6,42% para queda de 0,85%, hortaliças e legumes, que passou de recuo de 2,74% para queda de 5,92%, e carnes bovinas, que foi da alta de 1,71% para avanço de 0,86%.

Já no INCC, o grupo serviços recuou de crescimento de 0,42% para aumento de 0,34% entre setembro e outubro, enquanto o grupo mão de obra avançou de 0,01% para 0,16% no mesmo intervalo. O índice relativo ao grupo materiais e equipamentos repetiu a taxa apurada no mês anterior, de 0,23%.

O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

(Valor)
 

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