Itaú desiste de retirar Redecard do Novo Mercado

O Itaú divulgou há pouco um fato relevante oficializando o preço de R$ 35 por ação para a oferta pública de aquisição (OPA) visando o fechamento de capital da Redecard.
 
A surpresa, contudo, ficou por conta da desistência de retirar a Redecard do Novo Mercado, caso a oferta para fechamento do capital não seja bem-sucedida.
 
A saída do segmento de governança corporativa da BM&FBovespa havia causado desconforto entre os investidores, incomodados com a postura do Itaú.
 
De acordo com as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para retirar uma empresa da bolsa o controlador precisa que acionistas detentores de pelo menos dois terços das ações em circulação aceitem se desfazer dos papéis.
 
Caso contrário, ele pode adquirir até um terço dos papéis disponíveis para negociação no mercado, para preservar a liquidez das ações.
 
No entanto, na versão preliminar do edital que está sendo analisado pela CVM, o banco havia informado que compraria as ações de todos os investidores interessados em vender os papéis. Isso porque, de acordo com as regras da BM&FBovespa, para retirar uma empresa do Novo Mercado, o controlador tem de fazer uma oferta de aquisição para todos os acionistas.
 
Preço
 
Os R$ 35 por ação oferecidos pelo Itaú já tinham sido estabelecidos como teto pelo banco em fevereiro, quando foi anunciada a intenção de retirar a subsidiária do setor de cartões da bolsa .
 
O valor também está no intervalo entre R$ 34,18 e R$ 37,59 apontado pelo laudo elaborado pelo Rothschild & Sons, divulgado há uma semana.
 
A partir de agora, se não concordarem com o preço, investidores detentores de pelo menos 10% das ações em circulação têm até duas semanas para convocar uma assembleia que pode deliberar sobre a elaboração de um novo laudo de avaliação da empresa.
 
(Natalia Viri | Valor)

 

 

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