Le Lis Blanc planeja chegar a 100 lojas até o fim de 2013

Única grife de moda brasileira na bolsa de valores, a Le Lis Blanc planeja mais que dobrar de tamanho até 2013. A meta é abrir 58 novas lojas no período. Hoje, são 42. Com a nova fase de expansão, a varejista de moda feminina chegará a seu centésimo ponto de venda.

O valor total do investimento não foi divulgado. Mas tomando por base o montante que a grife vai aplicar nas 36 lojas a serem abertas em 2011 e 2012, de R$ 61 milhões, pode-se estimar que a inauguração de 58 lojas vai consumir quase R$ 100 milhões.

Os recursos para expansão da Le Lis Blanc, que tem como principal acionista o fundo de private equity Artesia, serão provenientes da geração de caixa e das reservas que a grife possui. No fim do segundo trimestre, a companhia contava com caixa de R$ 32 milhões.

A varejista também informou ontem ao mercado que fará uma distribuição extra aos acionistas de R$ 20 milhões. Essa distribuição será realizada por meio de redução de capital, uma vez que a Le Lis já distribuiu 100% dos lucros. É a primeira vez que a grife promove uma distribuição extra desde que abriu seu capital em abril de 2008.

Fundada em 1988 pela estilista Traudi Guida, a Le Lis Blanc é a primeira e única grife de moda brasileira com ações negociadas na bolsa. Em 2007 e 2008, vários grupos de moda foram montados com a promessa de ir à bolsa, porém o setor deu uma desacelerada e sofreu alguns reveses, como o episódio protagonizado pelo grupo I”M (Identidade Moda), dos empresários Conrado Will e Enzo Monzani que adquiriram várias grifes e depois desistiram das operações, causando desconfiança no setor.

Desde sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em abril de 2008, os papéis da Le Lis Blanc tiveram valorização de mais de 100%. Do capital total da grife, 34% estão no mercado, 56% nas mãos do Artesia e os outros 10% com os fundadores, Traudi e Alexandre Afrange – ambos ainda estão no dia a dia da rede.

Além do forte projeto de expansão, a varejista tem uma combinação de atrativos: seu tíquete médio é alto, de R$ 470, e a receita cresce mais de 20%. No mês passado, as vendas brutas aumentaram 26%, pelo critério "mesmas lojas".

No segundo trimestre, a receita líquida somou R$ 79,4 milhões, alta de 24% sobre o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido saltou para R$ 7,5 milhões contra R$ 1,9 milhão em igual trimestre.

(Beth Koike | Valor)

 

 

 

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