Magnolia Cupcakes quer chegar ao Brasil em 18 meses

A Magnolia Cupcakes, a rede americana de produtos panificados que fez sua fama com o seriado "Sex and the City", está lançando um projeto de expansão mundial, com planos de abrir lojas em Brasil, Qatar, Kuait, Portugal, Turquia, México e Japão nos próximos 18 meses. A empresa de capital fechado, sediada em Nova York, prevê que seus minibolos – que se tornaram moda nos EUA como uma autoconcessão acessível durante a recessão – também serão abraçados por paladares longínquos.

Steven Abrams, dono da Magnolia desde 2007, não dá importância aos críticos de gastronomia que qualificam os "cupcakes" como sobremesa vulgar. "Nós nos consideramos uma marca sofisticada de luxo", disse Abrams ao Financial Times.

A primeira loja Magnolia abriu há quase 15 anos no bairro de Greenwich Village, em Nova York. Com cinco lojas nos EUA e uma inaugurada dentro de um ponto de venda da loja de departamentos Bloomingdales em Dubai no ano passado, Abrams disse que esta é a hora de atender algumas das centenas de solicitações de franquias que recebe.

A Magnolia fabrica cerca de 12 mil "cupcakes" ao dia, mas esse volume responde apenas por cerca de 20% de suas vendas. A empresa, que também produz outros bolos e tortas, registrou uma receita de aproximadamente US$ 20 milhões no ano passado, e suas vendas cresceram ao ritmo ano a ano de 20%.

A investida externa ocorre num momento em que a Magnolia enfrenta crescentes custos com energia e os aumentos de 40% dos preços do açúcar, farinha e manteiga promovidos no ano passado. O custo dos "cupcakes" é de US$ 2,75 a US$ 3,25 cada e a empresa teve de elevar os preços por duas vezes quando a alta dos custos passou a pesar. A Magnolia, além disso, enfrenta concorrência de panificadoras de âmbito municipal e até de rivais maiores, como a Crumbs, especializada em "cupcakes" em miniatura, que no mês passado concluiu um acordo para ser adquirida e abrir seu capital.

As Magnolias internacionais reproduzirão as lojas que atraíram multidões de turistas e de habitantes locais em Nova York, com as mesmas receitas e "décor" extravagante.

(Alan Rappeport | Valor)

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