Mexicana Femsa quer expandir negócios no Brasil

A mexicana Femsa, principal acionista da Coca-Cola Femsa, planeja expandir seus negócios no Brasil. O crescimento ocorrerá em ao menos dois segmentos nos próximos anos: o das lojas de conveniência Oxxo e o da fabricante de refrigeradores comerciais Imbera.

Existe ainda a possibilidade da compra de franquias no país. "Não temos um nome definido, mas estamos em busca de oportunidades", diz José Antonio Fernandéz Carbajal, presidente do conselho de administração e diretor-geral executivo da Femsa.

Segundo Carbajal, há diversas possibilidades de negócios no Brasil. "Queremos chegar com a Oxxo em menos de cinco anos", afirma.

No caso da Imbera, empresa da Femsa Insumos Estratégicos, o prazo é menor. A companhia estuda a abertura de uma nova fábrica em até três anos no Nordeste.

Atualmente, fabricamos 30 mil refrigeradores por ano no país. A meta, em cinco anos, é chegar aos 150 mil, de acordo com Mariano Montero, diretor de insumos estratégicos da Imbera.

Essa será a segunda fábrica no Brasil. A empresa inaugurou, em dezembro de 2010, uma unidade em Itu (101 km de São Paulo) com investimentos de US$ 13 milhões. A Imbera está presente ainda no México e na Colômbia.

A companhia pretende também tornar as unidades locais fornecedoras de exportações para Argentina e África. "No entanto, o câmbio valorizado é uma preocupação. Estamos estudando."

O prazo de abertura da Oxxo no país foi determinado para que a Femsa possa estudar as diferenças entre os consumidores mexicanos e brasileiros. Em 2008, a empresa já tinha planos de vir para o Brasil.

Uma das preocupações é com as padarias, concorrentes potenciais do modelo da loja. "Há hábitos culturais que precisam ser analisados para que façamos adaptações", diz Manuel Filizola, diretor-financeiro da Oxxo.

A rede é líder no México. Além de seu país de origem, está presente na Colômbia há cerca de dois anos. São mais de 9.000 lojas.

A companhia também quer fazer no Brasil uma loja de conveniência diferente das que já existem no país. "Queremos abrir uma loja de bairro, com mais variedade e com preços mais acessíveis."

(Mariana Sallowicz l Folha)
 

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