MPX assina acordos definitivos para joint venture com E.ON

A MPX, empresa de energia do Grupo EBX, de Eike Batista, informou em comunicado hoje assinatura dos contratos definitivos para a formação de joint venture que permitirá a criação de nova empresa de energia, em parceria com a multinacional com sede na Alemanha, E.ON AG.
 
Em janeiro deste ano, as duas empresas já haviam assinado termo de compromisso para formar parceria estratégica. Segundo a MPX, a assinatura dos contratos de hoje concluiu as negociações sobre o novo projeto, incluindo acordo sobre  nova estrutura organizacional, e confirma  princípios operacionais desenhados no início do ano.
 
A empresa brasileira detalhou, em seu informe, que irá desenvolver com a E. ON AG projetos de geração de energia convencional e renovável, e atividades de suprimento e comercialização no Brasil e no Chile.
 
Segundo a MPX, a expectativa é de que a transação para a formação da nova empresa seja finalizada em torno de julho deste ano, quando as atividades serão iniciadas.
 
Em comunicado, o presidente do conselho de administração da MPX, Eike Batista, lembrou que a MPX possui 14.000 megawatts (MW) em projetos já licenciados, dos quais 11.000 MW serão desenvolvidos  em parceria com joint venture. Observou ainda que a E.ON possui considerável expertise em geração de energia, operando 69.000 MW no mundo, em gás, carvão e energia renovável.
 
Já o CEO da E.ON, Johannes Teyssen, afirmou no comunicado que a parceria atende ao objetivo estratégico de estabelecer uma posição significativa no Brasil, um dos “mercados-alvos” da empresa estrangeira, segundo o executivo.
 
No informe, a MPX lembrou que debenturistas poderão converter suas debêntures em ações da MPX. A companhia brasileira explicou que os ativos de mineração da Colômbia serão cindidos, formando a CCX, uma empresa totalmente independente da MPX, listada na BM&FBovespa Novo Mercado. “Como parte do processo de spin-off a MPX irá transferir até R$ 814 milhões à nova companhia. A MPX irá levantar R$ 1 bilhão (423 milhões de euros) por meio de um aumento de capital. Nessa operação, a E.ON irá investir aproximadamente R$ 850 milhões, (350 milhões de euros)  para obter uma participação de 10% na MPX”, detalhou a MPX, em seu comunicado.
 
No informe, a MPX também enunciou os projetos que serão tocados pela nova empresa de energia a ser formada, que representam 50% dos 11.000 MW em projetos da MPX, já  licenciados. Estes projetos são: Usinas Termelétricas Açu, no Rio de Janeiro (5.400 MW), Central Castilla, no Chile (2.100 MW), Usinas Termelétricas Sul e Seival, no Rio Grande do Sul (1.300 MW) e a expansão da Usina Termelétrica Parnaíba (1.500 MW).
 
No caso específico da UTE Açu, a E.ON terá uma call option por meio da joint venture para uma participação adicional de 38,9% do projeto, em valor contábil. Isso permitirá que cada um dos parceiros alcance participação econômica de 50% no empreendimento. Ainda segundo a MPX, como parte do grupo de acionistas minoritários, a E.ON terá direito de indicar um representante para integrar o Conselho de Administração da MPX.
 
(Alessandra Saraiva | Valor)

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