Pão de Açúcar encerra segundo trimestre com lucro de R$91 milhões

O Grupo Pão de Açúcar apurou lucro líquido de 91 milhões de reais entre abril e junho, comparado ao ganho de 55,5 milhões de reais no mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados na noite desta segunda-feira.

A média das estimativas de quatro analistas obtidas pela Reuters projetava lucro líquido de 108 milhões de reais para a maior varejista do país no período.

Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 641,2 milhões de reais no segundo trimestre, ante 385,5 milhões de reais em igual intervalo de 2010. A margem Ebitda, por sua vez, passou de 5,5 para 5,7 por cento.

Os números consideram as operações da Nova Globex, que concentra os ativos de eletroeletrônicos do grupo, incluindo os dados da Nova Casas Bahia.

Ao contrário do esperado, o Pão de Açúcar não divulgou previamente os dados referentes a vendas no segundo trimestre, quando a receita líquida foi de 11,3 bilhões de reais, volume 61,5 por cento maior na comparação anual.

A receita bruta, enquanto isso, cresceu 61,3 por cento no período, para 12,6 bilhões de reais.

Se considerado apenas o segmento de alimentos, as vendas líquidas totalizaram 6,2 bilhões de reais, alta de 10,4 por cento ano a ano.

O Pão de Açúcar apresentou seu balanço quase duas semanas após o fracasso da proposta de união da companhia com os ativos do Carrefour no Brasil.

Em 12 de julho, o empresário Abilio Diniz desistiu do plano de unir as empresas, anunciado duas semanas antes, após o sócio da varejista brasileira, o francês Casino, se posicionar oficialmente contra o negócio e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cancelar seu apoio à operação.

A união de Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil criaria uma gigante no varejo nacional com cerca de 27 por cento de market share.

O Casino divide o controle do Pão de Açúcar com Diniz por meio da holding Wilkes e tem direito de assumir parcela majoritária do capital votante do grupo varejista brasileiro em 2012.

(Reuters)

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