PWC mostra leve aumento de 1% em fusões e aquisições no primeiro trimestre

O total de operações de fusão e aquisição subiu apenas 1% no Brasil entre janeiro e março deste ano, em relação ao mesmo período de 2011, com 176 transações, de acordo com levantamento da consultoria PWC (PricewaterhouseCoopers) divulgado nesta segunda-feira (23). O número é menor do que o anunciado pela KPMG na semana passada, de 204 operações.

"O primeiro trimestre de 2012 mostra o mercado aquecido, com volume similar aos anos anteriores e leve crescimento em relação a 2011", diz a consultoria em relatório. "Em comparação aos demais períodos de um ano, o primeiro trimestre tende a ser menos expressivo em relação aos demais períodos", acrescenta o documento.

Segundo o relatório, o mês de março destacou-se pelo recorde de transações. No mês passado, foram realizadas 60 transações contra 59 de fevereiro e 57 de janeiro. Porém, o número é menor do que o apurado em março do ano passado, de 65 operações.

Perfil do investidor

O estudo aponta que os grupos nacionais continuam na liderança das transações envolvendo compras de participações. Os investidores nacionais estiveram presentes em 56% (85) das transações de compra de participação (controladora ou não) no trimestre. Em 2011 foram 87 transações.

Apesar da predominância do capital nacional, o levantamento destaca que houve um aumento da participação do investidor estrangeiro, que esteve presente em 44% dos negócios, com 68 transações, crescimento de 3% ante o primeiro trimestre de 2011.

"O interesse do investidor estrangeiro no País tem aumentado frente às incertezas encontradas nos mercados internacionais e deve aumentar nos próximos meses devido às expectativas de crescimento no País, bem como oportunidades multisetoriais de consolidação", afirma a consultoria.

Tipo de negócio

De acordo com a pesquisa, as aquisições de controle continuam predominantes como modelo de negócio e representam 49% das transações anunciadas no primeiro trimestre. Na segunda posição aparecem as compras de participação não controladora com 38% do total, seguida por fusões e joint-ventures, que juntos ficam com 11%.

Setores

O setor de maior destaque no movimento de fusões e aquisições é o de tecnologia da informação (TI) que representa 13% das transações, seguido por serviços públicos e varejo (11% cada), e química/petroquímica e alimentos (7% cada). O setor financeiro e de logística corresponderam juntos a 11% dos negócios.

Private equity

A consultoria destaca ainda que os fundos de private equity (atividade financeira realizada por instituições que investem em empresas que ainda não são listadas na bolsa de valores) intensificaram investimentos no País e atingiram participação recorde de 48% nas atividades de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2012.

(Mariana Mandrote | Infomoney)
 

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